quinta-feira, 10 de setembro de 1998

SETEMBRO - 1998 - FÁTIMA e S.PROENÇA

MARIA  de  FÁTIMA  PALMA

PRISIONEIRA

Ah ! Poeta, não queiras fazer-me
prisioneira de teus poemas
pois não possuis as algemas
que prendem meu coração.
Ele é pássaro livre
e voa sereno e triste
e não mais carrega o medo
de esbarrar na solidão.
Ah ! Poeta, só talvez me prenderias
se teu poema música fosse
e dela eu seria o refrão,
ou, se fosses o bailarino, eu seria o equilíbrio
e se fosses ainda o sol, eu seria a quentura
e se Deus pudesses ser, o mundo então eu seria
e se fosses feto aflito, a vida eu te adiantaria
e então se anjo fosses, pecado logo eu seria
e se fosses o afogado, seria eu a superfície.
E se depois de tudo isso, poeta ainda fores
só me prenderias com certeza
se de todos teus poemas
fosse eu a inspiração !





SÍLVIA  MARIA  S.  PROENÇA

SÓ  HOJE  QUERO...

Só hoje quero estar em teus braços
num forte abraço...
Só hoje quero ficar em paz
em teu regaço...
Só hoje quero olhar teus olhos
verdes tão doces...
Só hoje quero ser amada
como se teu único amor fosse...
Só hoje quero amar-te
neste clima muito envolvente...
Só hoje quero tocar-te
tão suavemente...