domingo, 8 de janeiro de 2012

BANCO DE JARDIM



Está vendo aquele banco de jardim?
Agora está vazio, a pedra ficou limosa.
Ele acolhia meus amores de menina,
Quando a ilusão grassava como rosas.
 
Consegue imaginar o quanto ele valia
Ao acolher sussurros, beijos escondidos?
O cheiro do jardim impregnava a noite,
Meus sonhos de menina eram sentidos.
 
Ainda está lá, na Praça da Matriz.
À sua volta já não florescem flores.
Recebe, vez ou outra, passante fatigado
Que nem sabe daqueles meus amores!
 
Ficará, por ser de pedra, eternamente,
Na praça ajardinada da lembrança.
No coração também será eterno
Enquanto eu tiver alma de criança...

Rachel dos Santos Dias 

Evento Casa do Poeta de Campinas (17/12/2011)