segunda-feira, 12 de setembro de 2011

NÉVOA DA SOLIDÃO




Eu vim de muito longe
Só não perdi os ensinamentos
Fui obediente como um monge
Me dobrei em agradecimentos.

Deus lhe pague, me desculpe
Muito obrigado, com licença
Sim senhor, não senhor
Foi assim que o mundo me ensinou
Na minha adolescência.

Agora, com tantos anos vividos
Eu não encontro o que me ensinaram
São tantos os caminhos percorridos
Que nem sei onde foi que se acomodaram.

Mas, agora são todos cheios de defeitos
Vivem gritando nas ruas
Nem sabem por que estão vivendo
Só sabem mentir, só sabem fingir.

No caminho por onde eu passei, eu quis limpar
Porque se um dia eu precisar voltar
Quero o meu caminho limpo e florido
Quando por ele, eu tiver que passar.

Meus amigos, no grande teatro da vida
Na primeira fila, nas primeiras cadeiras
Vocês vão sempre me encontrar em pé
Aplaudindo-os e agradecendo a Deus,
Por ser amigos de vocês, e, fiel a todos.  

Hoje a névoa de solidão já não existe
É isto que faz o meu caminho ser menos triste
Vou correr, pelo espaço a cantar
E se existe tristeza, eu com ela vou me acostumar.


 

                         Moacir Monteiro 
                       Reunião- Agosto/2011