Já bebi em muitas fontes,
Hoje moro onde mato a minha sede.
Provei de variados quitutes,
Hoje moro onde matam a minha fome.
Visitei diversos ninhos,
Hoje moro onde os pássaros são nativos.
Bailei embalado por vários sons,
Hoje moro onde nasce a canção.
No deserto fiz rastro na areia,
Hoje moro onde o vento não apaga minhas marcas.
Abri picada e desmatei mata virgem,
Hoje moro onde a mata refloresce a cada dia.
Viajei em muitas nuvens carregadas,
Hoje moro onde a chuva cai mansa e serena.
Enfrentei vendavais e tempestades,
Hoje moro onde a brisa paira.
Muito andei, desandei e me escondi,
Hoje moro onde me procuram.
Procurei calmaria em rios e mares revoltos,
Hoje moro e navego em águas rasas.
Falei e gritei aos quatro cantos,
Hoje moro onde converso com os meus “eus”.
Ouvi vozes, lamentações e promessas,
Hoje moro onde ouço o meu silêncio.
Casei com o mundo e descasei,
Hoje moro onde namoro a criação.
Sou mordomo onde moro,
Hoje moro onde o Dono é o Criador.
José Luiz Pires
Hoje moro onde mato a minha sede.
Provei de variados quitutes,
Hoje moro onde matam a minha fome.
Visitei diversos ninhos,
Hoje moro onde os pássaros são nativos.
Bailei embalado por vários sons,
Hoje moro onde nasce a canção.
No deserto fiz rastro na areia,
Hoje moro onde o vento não apaga minhas marcas.
Abri picada e desmatei mata virgem,
Hoje moro onde a mata refloresce a cada dia.
Viajei em muitas nuvens carregadas,
Hoje moro onde a chuva cai mansa e serena.
Enfrentei vendavais e tempestades,
Hoje moro onde a brisa paira.
Muito andei, desandei e me escondi,
Hoje moro onde me procuram.
Procurei calmaria em rios e mares revoltos,
Hoje moro e navego em águas rasas.
Falei e gritei aos quatro cantos,
Hoje moro onde converso com os meus “eus”.
Ouvi vozes, lamentações e promessas,
Hoje moro onde ouço o meu silêncio.
Casei com o mundo e descasei,
Hoje moro onde namoro a criação.
Sou mordomo onde moro,
Hoje moro onde o Dono é o Criador.
José Luiz Pires