Como é
bom encostar o nariz na vidraça
E olhar a
chuva que em enxurrada passa...
Escutar o
barulho dela no telhado
E o capim
brilhando desse pingo gelado...
Ver as
casas de formas imprecisas, cinzentas,
Sob o
efeito das gotas céleres ou lentas...
E o muro
cheio de limo, quieto, misterioso,
Molhado,
velho e eternamente ocioso...
É bom
brincar com a goteira da calha
Que
escorre fria e no chão se espalha...
E a água
a escorrer no lamaçal da estrada...
Chuva!
Chuva miúda, sonora, constante,
A molhar
tudo, a molhar o passante
Que
apressado busca calor!
Ah! Chuva
molhada!
Poema publicado na Antologia do ICCT
"80 Anos Trabalhando para Diminuir Diferenças"
Maio/2014
Rachel dos Santos Dias \ |