quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A Dália e a Margarida ( ou, a derrota da vaidade) - Francisco de Borges



Brigavam por beleza a dália e a margarida
De forma tal acintosas que berravam
E no ardente e tolo embate se rasgavam
Se engalfinhando, ofensoras e ofendidas.

Uma dizia ser a rainha do jardim
Qual nada! A outra dizia, eu quem sou
Era questão, ou melhor, querela sem fim
Que nem sequer a voar viram um beija-flor.

O nobre pássaro dado a galanteador.
Uma hortênsia vê de cima, no esplendor
Que pelas outras sempre fora esquecida.

E a enlaça pelo mel com tal amor
Que nem chegou a perceber a passar mal
Agora as enciumadas dália e margarida.
 
Francisco De Borges
Francisco de Borges

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Doação de Órgãos- Teresa Azevedo



É tempo de entendermos a importância da doação de nossos órgãos e tecidos após nossa morte.
No momento em que nos deparamos com uma tragédia do porte da ocorrida em Santa Maria e compartilhamos da dor de tantas famílias que não só perderam seus jovens, mas os tem internados com queimaduras gravíssimas, necessitando de pele humana para a manutenção de suas vidas, percebemos o quanto nossa atitude em relação a doação de órgãos é primordial.
Acessem:


COMUNIQUE AOS SEUS FAMILIARES SOBRE O SEU DESEJO EM DOAR SEUS ÓRGÃOS E TECIDOS APÓS SUA MORTE! DOE VIDA!




Teresa Azevedo
Membro Efetivo da ANLPPB - Cadeira 06
(Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro)
(55-19)92759014/81569740

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Entre Reminiscências e Espectros - Teresa Azevedo





 Regozijo-me ao contemplar, nas mansões da memória, a presença de “espectros” iluminados, daqueles que amei e se foram desta vida, mas que jamais deixarão a sede de todo meu amor enquanto eu for viva.
Observem!
Regozijo-me, não me assombro, porque eles me reconfortam pelos benditos rastros em mim deixados. Não me assombro pois ainda que se tenham ido, daqui os amo com a mesma força e vitalidade como o faria se vivos fossem.
Sinto que nos dias em que juntos vivemos tantas alegrias, aliamo-nos para suportar angústias e superar derrotas, sustentamo-nos para lutar contra os inimigos e tudo o mais...
São Yvis, José Pedros, Maria Madalenas, Josefinas, Lias, Emílios, Tanas, Anas, Jorges, e tantos outros tios, tias, avós, sogra, amigos caríssimos. Vejo-os correndo entre nuvens, mulheres que flutuam dançantes, homens que dançam elegantes e, entre vestidos róseos esvoaçantes e fraques engomados, caminham eles por aqui e acolá, sorrindo e falando suas boas falas de outrora nos meus momentos “de agora”. Falas que me são conselhos, que me lembram alegrias. Alegrias das quais me recordo, recordo, recordo e recordo. Apenas recordo...
Não são fantasmas, não me assombram. São doces reminiscências e vivas lembranças.
Oh! Evocações minhas! Ainda que não vejam, não sintam, não falem, nem ouçam! Ainda que durmam até o dia do juízo... A Deus, aos meus pais, amado, filhos e a vocês dedico minhas conquistas.
 
 Teresa Azevedo
Membro Efetivo da ANLPPB - Cadeira 06
(Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro)


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

LINGUAGEM CIFRADA DO AMOR - Dalva Saudo


A mágoa faz-me demonstrar em versos,
O inverso dos meus sentimentos
Desse amor no passado  evidente!
Mas... Já findado no presente
E  revelado por ti inexistente!

A timidez faz-me revelar 
Reversos  do que sinto em versos que pronuncio
Que se ampliam
Formando  poesias!

Não tens percepção para ler certo por linhas tortas
O que diz meu coração?

Talvez compreendas como a claridade de um foco de LUZ...

E seja conveniente o ensurdecer 
Nas sombras das sobras do amor
Que não mais te seduz!
Passe  para o afirmativo  e escreva  V de verdadeiro nas frases abaixo:

Exijo que não me ames!
(    ) ------------------------------------------
Não quero vê-lo, nem abraçá-lo ou beijá-lo!
(    ) ------------------------------------------
Se acertares... És perceptível! 
Tua nota será cem, Fiquei sem ti!
Estás insensível! Ponto final! 
Saberei afinal que não me queres  mais
Só me resta saber
Até quando amargurarei os ais
Dessas lembranças letais...
Sem promessas, sem esperanças!
 
 
Dalva Saudo

"Quando eu digo que deixei de te amar
É por que te amo
Quando eu digo que não quero mais você,
É por que te quero
(Compositor: José Augusto/Paulo Sérgio Valle)"

domingo, 13 de janeiro de 2013

NÃO ME ARREPENDO - Rachel dos Santos Dias






Não me arrependo de ter sido tua
se o fui com sentimento e com ternura.
Conservo na intacta brancura
Minha alma de mulher, aberta e nua.

Não me arrependo se te dei um dia
os versos mais felizes e risonhos,
e os versos mais doídos e tristonhos
da minha mão, tão terna e macia.

Não me arrependo, sequer, se dei tudo
sem pensar no futuro, se,  contudo,
só lembrares de mim com nostalgia.

De tudo o que te dei em minha vida
Hás de guardar, bem sei, uma ferida
de teres me deixado tão vazia!
 


Rachel dos Santos Dias