Atrás das barrentas estradas da vida
Tento me isolar
Desviando-me das enxurradas
E... Quando penso no caminho
Nos reluzentes reflexos de luzes das garoas
Pensando enxergar apenas estrelas no chão...
Piso em poças barrentas
De poeiras da via Láctea.
Para não lhe causar asco me calo.
Impossível de ser entendida
Afasto-me de sua vida!
Incnsciente causo-lhe dissabor
Tento lhe agradar!
Em vão
Caminhamos por espaços vazios de solidão e desamor!
Desisto desse caminhar, não consigo fazer-me amar.
Em goteiras de lágrimas de mágoas
Nem as enxurradas conseguem
Levar ou lavar minha dor!
Sangro inutilmente entre versos e desabafos
Sufocando gritos que implorariam
Apenas fagulhas de amor.
Texto publicado na Antologia da Casa do Poeta de Campinas
" A Voz da Inspiração VI", lançada em 26/04/ 2014)
Dalva Saudo |