sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Entre Reminiscências e Espectros - Teresa Azevedo





 Regozijo-me ao contemplar, nas mansões da memória, a presença de “espectros” iluminados, daqueles que amei e se foram desta vida, mas que jamais deixarão a sede de todo meu amor enquanto eu for viva.
Observem!
Regozijo-me, não me assombro, porque eles me reconfortam pelos benditos rastros em mim deixados. Não me assombro pois ainda que se tenham ido, daqui os amo com a mesma força e vitalidade como o faria se vivos fossem.
Sinto que nos dias em que juntos vivemos tantas alegrias, aliamo-nos para suportar angústias e superar derrotas, sustentamo-nos para lutar contra os inimigos e tudo o mais...
São Yvis, José Pedros, Maria Madalenas, Josefinas, Lias, Emílios, Tanas, Anas, Jorges, e tantos outros tios, tias, avós, sogra, amigos caríssimos. Vejo-os correndo entre nuvens, mulheres que flutuam dançantes, homens que dançam elegantes e, entre vestidos róseos esvoaçantes e fraques engomados, caminham eles por aqui e acolá, sorrindo e falando suas boas falas de outrora nos meus momentos “de agora”. Falas que me são conselhos, que me lembram alegrias. Alegrias das quais me recordo, recordo, recordo e recordo. Apenas recordo...
Não são fantasmas, não me assombram. São doces reminiscências e vivas lembranças.
Oh! Evocações minhas! Ainda que não vejam, não sintam, não falem, nem ouçam! Ainda que durmam até o dia do juízo... A Deus, aos meus pais, amado, filhos e a vocês dedico minhas conquistas.
 
 Teresa Azevedo
Membro Efetivo da ANLPPB - Cadeira 06
(Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro)