segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

NÓS



Nós

O fruto quem te deu foi teu Senhor
e dentro desta casca, a gente sente,
que lá está em forma de sabor
aquilo que chamamos de semente.

A casca, é claro, tem o seu valor,
mas sua vida não é permanente,
na realidade é só um protetor
daquilo que tem vida eternamente.

Quem não descasca o fruto recebido
jamais um dia terá conhecido
o que lá dentro havia e se perdeu,

e vai cuidar somente da aparência
aquele que perdeu a consciência
e fica perguntando, quem sou Eu?

Flávio de Azevedo Levy
flalevy@bol.com.br

LÁGRIMA DESPREZADA

                www.rosanacappi24x7.blogspot.com

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

EXÍMIO DANÇARINO



Você surgiu como um cometa,
Num rastro luminoso de astro
Na nebulosidade do ambiente a meia luz.

O sol que presenciou em minha alegria
O seduziu a fazer-me companhia!

Como em filme musical
Dançamos registrados por câmaras
De olhares estrelados da platéia!

Em apenas uma seleção
Atraídos como Cometa e Sol.
Bailamos na órbita da pista do salão.

Apenas uma seleção
A partícula que valeu por inteiro
No roteiro do apogeu!

O gozo do bailado na poesia das canções
Se perpetuará em telepatia
Em nossos olhares orvalhados de saudades
Na claridade do horizonte das nossas emoções!

DALVA SAUDO
Poesia publicada na Coletânea " A Voz da Inspiração V", da Casa do Poeta de Campinas

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

NÃO FOMOS NÓS


Idosos nos chamam, irônicos
 nos comparam a mercadoria
 com prazo de validade vencida!
 Seres intrusos, puro despeito.
 Velho, é o teu preconceito!!!

 Não fomos nós que eliminamos
 A melodia da música 
 A boa voz no cantar,
 O talento na arte de criar!

 O orgulho na aparência exterior,
 O compromisso do casal, a fidelidade,
 O romance nas relações amorosas,
 A responsabilidade da paternidade.

 Não fomos nós que eliminamos
 O bom gosto pela cultura,
 O sentimento do patriotismo, a família,
 O rechaço a vulgaridade impura. 

 O presépio de natal nas cidades,
 O bom comportamento intelectual,
 O refinamento da linguagem, a cultura,
 A dedicação e a divulgação da literatura. 

 Não fomos nós que eliminamos
 O respeito aos mestres que nos iluminaram.
 A prudência na hora de gastar,
 A tolerância nas relações pessoais,
 A paciência e tantas virtudes mais!!! 

 Por tudo isso e muito mais, eu digo:
 Quero de volta meu mundo anterior,
 O mundo que nós construimos,
 Onde realmente a vida tinha valor
 E nós, tinhamos valor diante da vida!!! 
        Agmon Carlos Rosa



sábado, 11 de fevereiro de 2012

SE...


Se atrás  de mim a porta se fechar
E irremediavelmente nossas vidas separar...
Se desmoronar o castelo que sonhamos
E cada dia, pedra a pedra, junto colocamos
Amalgamadas com lágrimas de dor,
Muita luta, muito esforço e muito amor...
Se de tudo isso nada mais restar
Que valha a pena se comemorar...
Se nossa estrada lá adiante bifurcar
E nosso passo se desencontrar...
Se o vendaval varrer os nossos sonhos
E nós tivermos que vagar tristonhos,
Indiferentes, frios, insensíveis,
Ruminando os sentimentos terríveis...
Se tudo, tudo, se acabar um dia
Para nossa imensurável agonia...
Rolaremos no abismo da descrença,
Esqueceremos Deus, negando-lhe a presença
No coração da perversa humanidade
Que desconhece o amor e a piedade,
Desmantelando as aspirações mais puras
Que se abrigam nos corações das criaturas.
Se tudo isso, um dia for acontecer,
Meus Deus! Então eu quero já morrer!

MARIA  CONCEIÇÃO ARRUDA TOLEDO
Poema publicado na Antologia da Casa do Poeta de Campinas “A Voz da Inspiração V”; Prosa Poesia e Pintura. 2011.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

FECHE OS OLHOS


                      Sinta...
Vou deslizar meus dedos pelo seu rosto
Mui lentamente... Com a maior doçura...
Com muita calma, com a intenção mais pura,
Como um toque de anjo, por suposto!

E irei tateando tão devagarzinho
Que sentirei, mais que veja, toda textura
Ao deslizar os dedos com ternura
Como um gesto de amor e de carinho.

Com um pincel etéreo, macio e doce
Em uma palheta sentida, se possível fosse,
Eu teria com tempo, ternura e calma,

Com todo o amor que por você eu sinto,
Que nunca, em tempo algum esteve extinto,
Ter desenhado seu rosto em minha alma!


RACHEL DOS SANTOS DIAS

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

VILMA - JOSÉ ROBERTO TEIXEIRA

ROSTO DE CRIANÇA



Um rosto de criança,

Num suave meditar,

De onde vem tanta beleza,

Que parece nos falar.



Falar de amor,

De um mundo melhor,

Onde impera a fraternidade,

Sem tantas rivalidades.



É um mundo pequenino,

Mundo de criança,

Que acredita, que tem fé,

No vai e vem da maré...


MARILZA PEREIRA CALSAVARA

MDLUZ

16/01/2012