O PALHAÇO
As mãos trementes pela dor da idade,
pintam o rosto cavernoso e frio,
criando um ar de paz e de bondade,
por sobre um mundo de ilusões vazio !
No pobre camarim, a claridade
invadindo o cenário tão sombrio,
aos poucos quebra a rude obscuridade,
como um raio de sol em pleno estio...
E um rosto novo surge sobre o rosto
que era a marca mais viva de um agosto,
de frio, de tristeza e de pesar.
Como eu quisera ser como um palhaço,
suplantando do amor o meu fracasso,
e um coração feliz poder mostrar !