segunda-feira, 29 de julho de 2013

Asas - Marilza Pereira Calsavara








Nas asas da imaginação,
O poeta ganha espaço na imensidão,
Com a força necessária,
Para encontrar os céus com asas várias.
Alcançar o paraíso, nas asas do perdão.

Nas asas do amor, voar sem rumo,
Sem sentido, sem aprumo...
Como pássaro alado,
No espaço emplumado,
De cores vivas e brilho acetinado.

Oh! Asas planando,
Que o vento vai levando,
Enquanto a brisa soprando,
Lembra que tem outras asas voando,
Ao infinito chegando...

Marilza Pereira Calsavara



quinta-feira, 18 de julho de 2013

Meros Mortais - Teresa Azevedo

O sol baixa a guarda e se aninha na tarde.
Esta, de malas prontas, anseia por passar o plantão...
No horizonte já desponta a noite sorrateira,
Vem ela, iluminada com a clarear da lua cheia.
Um estado de poesia se contempla no ar,
A paixão dos amantes já desponta vivaz...
As vontades pinçadas aleatoriamente,
Como se nem todas valessem.
As marcas são deixadas
Como taquigrafias ininteligíveis...
Apelos intocáveis e inaudíveis,
Visões do hoje que vivemos.
Teresa Azevedo
É hora do agora, sem medo, sem fora.
É malícia inocente, em sol poente...
É entrega total, ser humano carnal.
De cada um de nós, meros mortais...


sexta-feira, 12 de julho de 2013

A Chave da Liberdade - José Luiz Pires




























Sou escravo de meu sonho
acorrentado à peia da esperança,
em que a chave para a liberdade
possui uma forma humana,
e o segredo é sua silhueta.
Cada lágrima que derramo
em um lindo mosaico se transforma,
que entrelaçados formam uma passarela
dentro de um imenso bosque
onde você passeia
elegantemente calma e serena
acompanhada de uma leve brisa.
O mesmo sol que lhe  aquece,
rouba-me a lua e as estrelas
com o romper da aurora a cada dia.
Vejo-a no final de seu passeio
destrancando meu peito,
e deixando-o jorrar toda a alegria
que hoje nele repousa
entre tormentas e tornados,
na esperança de sermos
eternos namorados.

                             José Luis Pires

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Silêncio - Célia Aparecida Paulino Silva


Em um breve silêncio, seu corpo dormia,
Mãe do amor eterno, deste mundo se despedia,
Por um caminho Azul e Rosa ao céu subia.

Era manhã de verão.
Uma leve chuva branca das nuvens caía,
Mãe, querida
Foi, não mais sorria.

Rosto de paz e serenidade,
Entre uma multidão seguia,
Deixando lembranças e muitas saudades
A chuva branca e transparente,
Margarida já não mais sentia.

A sua nova morada que não conhecia,
Em lágrimas e orações, uma nova flor ali nascia
Junto a Deus e a Luz Divina.
Mãe, eternamente  Mamãe.

( Poema publicado na Coletânea do CPAC - Ressurgindo das Cinzas- 2012) 
Célia  Aparecida Paulino Silva