segunda-feira, 7 de maio de 2001

MAIO - 2001 - Arita Damasceno Pettená



ARITA  DAMASCENO  PETTENÁ

FAZ  DE  CONTA...

Como é bom cerrar os olhos
e brincar de faz de conta...
Passa o tempo, passam as horas,
ninguém sabe quem eu sou.
E sou de novo criança,
cato nuvens, conto estrelas,
colho sonhos, canto o amor,
sem saber que de repente,
no relógio da saudade
o ponteiro desandou.
E sou mulher novamente,
dentro de um mundo real,
esmagada contra o tempo,
perdida no espaço rude,
chorando derrotas amargas,
gritando verdades que dóem,
correndo sozinha parada
sempre à procura do Amor.




NEI  ARDITO

MEU  EU  AUSENTE

O sol em agonia, morre lentamente
no marinho mar,
enquanto nuvens acenam vermelhos
no horizonte.
E eu contemplo, aparentemente calma,
o ausente de mim,
que do meu barco mergulha
à procura dos sonhos
- náufragos de minh'alma -