sábado, 28 de agosto de 1999

AGOSTO - 1999 - Dulcinéa - Laís - NEI ARDITO

MARIA  Ap.  NEI  ARDITO

ALMA  DE  CRISTAL

Não mais quero falar desta tristeza,
Nem desta solidão que ora me invade,
Desta amargura que é minha certeza,
De ser tão frágil dentro da saudade
      Porém, se aos outros forte eu me pareço,
      Doce ilusão - pois sei não ser capaz -
      Minha alma é qual cristal de um alto preço,
      Caindo, em mil pedaços se desfaz.
Vou abolir tristeza e solidão,
Colhendo os fragmentos do meu eu,
E modelar um novo coração.
      E assim, cantar a paz, louvar o amor
      Em prosa e verso para quem sofreu
      Do mesmo mal, talvez, da mesma dor.




MARIA  THEREZA  RAMOS  MARCONDES

SOLIDÃO

Passou-se o tempo, nunca mais te vi,
E a relembrar nossa vida de outrora,
Bendigo a hora em que te conheci,
Detesto o dia em que tu foste embora.
      A solidão veio morar comigo
      E hoje vivo de recordação.
      Sempre amargando este meu castigo,
      Se eu errei, Senhor ! ? ... Peço perdão.
Já vai bem longe a separação,
Porém, conservo-te em meu coração,
Sentindo ainda o calor de teus braços.
      Queria ver-te só mais um momento,
      Busquei teu rosto em meu pensamento,
      E na saudade construí teus passos...