Museu da Língua Portuguesa |
Amo minha língua - mãe:
" Última flor do Lácio, inculta e bela."
Razão de ler e escrever vejo nela,
de ouvir cantar uma canção popular:
- "gosto de sentir minha língua roçar
a língua de Luís de Camões."
Gosto de eu mesma falar:
-" Eu te amo, minha mãezinha!."
E saber o que é sentir saudade,
que não é memória nem piedade,
que é ter um coração partido,
na partida de um grande amor!
Amo-te, língua de Amália e Saramago,
nas rimas de Pessoa, que nunca destoa,
no mundo desconstruído,
essa Babel das letras!
Ele diz num suspiro profundo:
-" Tenho em mim
todos os sonhos do mundo."
Amo-te, nos versos de Drummond,
nos contos de Machado
e nos achados de Rosa.
Amo-te, língua do mar,
do passado, de hoje e do futuro,
impregnada de nostalgia,
embalada nos fados, noite e dia,
brilhando n'América e n'África, afinal,
n'Ásia e na Europa, com Portugal...
Nunca será demais de ti zelar,
em prosa e verso contigo me expressar,
como n'Odeão de Atenas!
" Última flor do Lácio, inculta e bela."
Razão de ler e escrever vejo nela,
de ouvir cantar uma canção popular:
- "gosto de sentir minha língua roçar
a língua de Luís de Camões."
Gosto de eu mesma falar:
-" Eu te amo, minha mãezinha!."
E saber o que é sentir saudade,
que não é memória nem piedade,
que é ter um coração partido,
na partida de um grande amor!
Amo-te, língua de Amália e Saramago,
nas rimas de Pessoa, que nunca destoa,
no mundo desconstruído,
essa Babel das letras!
Ele diz num suspiro profundo:
-" Tenho em mim
todos os sonhos do mundo."
Amo-te, nos versos de Drummond,
nos contos de Machado
e nos achados de Rosa.
Amo-te, língua do mar,
do passado, de hoje e do futuro,
impregnada de nostalgia,
embalada nos fados, noite e dia,
brilhando n'América e n'África, afinal,
n'Ásia e na Europa, com Portugal...
Nunca será demais de ti zelar,
em prosa e verso contigo me expressar,
como n'Odeão de Atenas!
Regina Angelo