ARITA DAMASCENO PETTENÁ
EU QUISERA SER
Eu quisera ser como a folha que cai
Na tarde que agoniza
Lasciva, fria, indolente
Sem um protesto, sem um lamento
Eu quisera ser como a rosa perfumada
Que se desfolha ao sabor do vento
Deixando em cada pétala que se espalha
A suave fragrância do seu beijo
Na tarde que agoniza
Lasciva, fria, indolente
Sem um protesto, sem um lamento
Eu quisera ser como a rosa perfumada
Que se desfolha ao sabor do vento
Deixando em cada pétala que se espalha
A suave fragrância do seu beijo
Eu quisera ser como a tarde que morre
Nas fímbrias rubras do horizonte
Nas fímbrias rubras do horizonte
Sem pranto nem funeral de flores
Apenas porque a noite vem
Eu quisera ser como a criança inocente
Que chora sentida as palmadas doridas
E depois sai sorrindo esquecida
A cantar as delícias do mundo
Eu quisera ser um eu diferente
Sonhar com as coisas do Alto
E sentir em cada instante da vida
A sublime grandeza de Deus !
Apenas porque a noite vem
Eu quisera ser como a criança inocente
Que chora sentida as palmadas doridas
E depois sai sorrindo esquecida
A cantar as delícias do mundo
Eu quisera ser um eu diferente
Sonhar com as coisas do Alto
E sentir em cada instante da vida
A sublime grandeza de Deus !