quinta-feira, 4 de maio de 2000

MAIO - 2000

ROBERTO  CORRÊA

NUNCA  MAIS

Nunca mais o passado voltará,
Nem suas lembranças, vivas tornarão;
Apenas a saudade restará,
Em nosso jubiloso coração.
      A claridade da manhã virá
      Com suavidade e tênue cerração,
      Mas onde a felicidade estará
      Se não a posso ver em minha mão ?
Tudo é mistério, pura fantasia,
Rápidos momentos, bem distantes
Da nossa vida que restou vazia.
      Inclusive nos lapsos fulgurantes,
      Das justas e terrenas alegrias,
      Raras e de brevíssimos instantes.




ESTELA  M.  CARVALHO  RIBEIRO

A  VENTURA  DE  OUTRORA

A poesia quando brota na alma do poeta,
É grito do coração, fragmentos de vida,
Louvores, ou cantos de mágoa secreta,
De angústia, de soluços, devaneios e lida.
      Voz da noite que em silêncio se manifesta
      Ora em preces, ora em alegria revivida
      Em todas as horas, como em hora de festa
      Na beleza e na harmonia refletida.
Outras vezes, com olhos de criança
O poeta canta a saudade, sublima a esperança
Feita de sol e luz como o raiar da aurora.
      Quando, dentro da noite canta sozinho
      Seus olhos brilhantes, veêm de mansinho
      No conforto das lembranças A Ventura de Outrora.

terça-feira, 2 de maio de 2000

MAIO - 2000 - ÁLVARO RIBEIRO


ÁLVARO  RIBEIRO

P O E S I A

Quanta falta nos faz a poesia
Sensitiva, leal e grande amiga,
Nos traz a paz, o amor, doce magia:
Jamais semeia a guerra e a triste intriga.
      Nos chega sempre em horas de alegria
      E nos traz no interior memória antiga
      Ao nosso ser doando a terapia
      Que nos torna mais calmos, sem fadiga.
E vivemos momentos agradáveis,
Cheios de fé, de luz, incomparáveis;
Com anjos celestiais em sã ternura...
      E a natura feliz nos dá a vida,
      Que é para nós a prenda mais querida:
      Sorrindo alegre em sua eterna alvura !