SONHO DE ADOLESCENTE
Sucedem-se dias, a brisa, o vento,
Vem vindo, suavemente, lá da altura,
Na terra, fato atesta a criatura
À noite, num instante de ternura,
Emerge, embevecido o pensamento
No sonho, sem igual, que experimento:Amar-te. só amar-te, que ventura !
Se, por pouco que seja, o que escrevi
Consiga convencer-te o suficiente
De que não foi em vão que amor senti;
Então, quando à alvorada ou ao sol poente,
Lembrar que a afeição tive por ti,
Será a vida bela, resplendente.
ALCY GIGLIOTTI
ESPÍRITO DE NATAL
Meu velho Papai Noel...
De mim tu podes lembrar-te ?
Menino puro e donzel,
Muito Amor e pouca Arte !
Fui depois, pasme, o Senhor !
Roupa igual, a barba branca...
Tempo meu de doador
De pai, avô e carranca !
E agora, de novo antigo,
Pedindo Amor e Fanal,
Voltei a sonhar contigo
E um presente de Natal !...