FUGA DO SÉCULO XXII
Será que num futuro evolutivo
Quando a população tiver foguete,
Astronauta terá seu coletivo
E a flor já não terá seu ramalhete ?
Ninguém verá os olhos de um amigo
Porque só andará de capacete,
E beijo vai ser algo esquecido
E a carta de amor, simples bilhete ?
Robô será então um confidente
Do homem que mostrar-se descontente
Por ter se deletado o verbo amar.
E vai tentar fugir deste sistema
Com um mapa envelhecido de um poema
Numa viagem intracelular.
Quando a população tiver foguete,
Astronauta terá seu coletivo
E a flor já não terá seu ramalhete ?
Ninguém verá os olhos de um amigo
Porque só andará de capacete,
E beijo vai ser algo esquecido
E a carta de amor, simples bilhete ?
Robô será então um confidente
Do homem que mostrar-se descontente
Por ter se deletado o verbo amar.
E vai tentar fugir deste sistema
Com um mapa envelhecido de um poema
Numa viagem intracelular.