domingo, 28 de fevereiro de 2010

FEVEREIRO - 2010 - J.B.M.R.

JOÃO  BAPTISTA  MUNIZ  RIBEIRO

O R A Ç Ã O

Meu Deus amado, muito Te agradeço
Pela vida feliz que tenho tido...
Se, pelos anos, tive algum tropeço
Garanto que não foi por mim sentido.
      Sempre vivi em paz e reconheço
      Quanto sou nesta lida protegido.
      Não julgo se mereço ou desmereço,
      Pois coube a Ti, Senhor, ter-me escolhido.
Ao longo da existência - venturoso, -
Nunca pisei em solo pedregoso,
E tão felizes são os dias meus !
      Pelo ditoso lar, onde cresci,
      Pela família, que feliz construí,
      Por tudo, eu Te agradeço, meu bom Deus !

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

FEVEREIRO - 2010 - CÉLIA e JUSTO

     ARTISTAS  PLÁSTICOS  INTEGRANTES  DA  CASA  DO  POETA  DE  CAMPINAS 
                      CÉLIA  PAULINO                                   J.B. ajudando    JUSTO  VIDELA  JUNCOS


sábado, 6 de fevereiro de 2010

FEVEREIRO - 2010 - AGMON

AGMON  CARLOS  ROSA

PEDACINHO COLORIDO DE SAUDADE, ETERNAMENTE ! 

Queria recolher da vida diária,
algo do seu conteúdo humano,
fruto da convivência que torna
mais bonito, nosso viver cotidiano !
    Olho então ao redor de mim,
    onde vivem os assuntos
    que merecem uma poesia, sim.
    E nessa busca do ocasional,
    a emoção de reencontrar uma velha
    amiga, num flagrante do Carnaval.
Falamos da alegria geral
das marchinhas que todos cantam,
por isso são antigas assim,
mas continuam vivas em nós,
nos pertencem e nos encantam.
    Pierrôs, Colombinas e Arlequins
    não existem mais, não há
    palhaços no salão, confetes, serpentinas,
    lança perfume, fantasia de cetim.
Já não se brinca mais
Carnaval como antigamente.
Mitos, paixões, lirismo e fantasias
são coisas do passado, Confete...
PEDACINHO COLORIDO DE SAUDADE,
ETERNAMENTE !!!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

FEVEREIRO - 2010 - PEREIRA dos SANTOS

ANDRÉ  PEREIRA  DOS  SANTOS

ESTRANHA  NOSTALGIA

Em quase todos os lugares
há algo nesta cidade que me fascina.
Eu não sei se são suas velhas ruas,
ou se são suas velhas histórias.
Eu não sei o que me atrai
pra essas velhas esquinas,
pra tentar sentir o seio da velha Campinas.
      Oh ! De onde vem essa estranha nostalgia
      por lugares e pessoas que nunca conheci ?
      De onde vem essa estranha
      vontade de viver o passado,
      de esquecer o agora,
      de lembrar tudo depois
      e viver o outrora ?
De onde vem essas imagens de um mundo antigo,
empoeirado, em preto e branco, esquecido,
longiquo, imortalizado, cheirando a mofo,
perdido em épocas imemoriáveis ?
Ah ! Admirável nova velha vida !
Juventude senil, alma encanecida !
Oh ! O novo nasceu velho !