terça-feira, 27 de maio de 2014

Eis o meu mundo - Antonio Lacerda



Eis o meu mundo: Tranquilo e vazio, onde moram em silêncio
 as minhas vibrações.
É tudo que tenho para nele ver e que tanto sonho e projeto nos quatro cantos do meu eu.
Uma substância ainda preocupante, que parece-me
falar de algo tão misterioso que para o meu ver...
é tudo uma razão de uma ou de mais vidas que juntas transformam-se
numa só família mística e adolescente de um outro ponto,
que só minha culpa ou razões são capazes
de formar minha existência louca e preocupada, na fantasia
dos meus sonhos e que na maioria das vezes, falam por mim.
Por isso eu digo em voz alta “ Eis o meu mundo”
chuva, sol e rios, e todo universo é encontrado no subconsciente
e na lira sonora deste poeta que grita em voz alta,
de todos os amantes dentro d´alma que aflige e sussurra:
“ Eis aqui, o meu mundo afinal”.

Texto publicado na Antologia da Casa do Poeta de Campinas " A Voz da Inspiração VI" 

Antonio Lacerda

sábado, 17 de maio de 2014

Desabafos e Desagrados - Dalva Saudo

 
 
            Atrás das barrentas estradas da vida
Tento me isolar
Desviando-me das enxurradas
E... Quando penso no caminho
Nos reluzentes reflexos de luzes das garoas
Pensando enxergar apenas estrelas no chão...
Piso em poças barrentas
De poeiras da via Láctea.
Para não lhe causar asco me calo.
Impossível de ser entendida
Afasto-me de sua vida!
Incnsciente causo-lhe dissabor
Tento lhe agradar!
Em vão
Caminhamos por espaços vazios de solidão e desamor!
Desisto desse caminhar, não consigo fazer-me amar.
Em goteiras de lágrimas de mágoas
Nem as enxurradas conseguem
Levar ou lavar minha dor!
Sangro inutilmente entre versos e desabafos
Sufocando gritos que implorariam
Apenas fagulhas de amor. 
 
 Texto publicado na Antologia da Casa do Poeta de Campinas
 " A Voz da Inspiração VI", lançada em 26/04/ 2014)
Dalva Saudo
 

terça-feira, 13 de maio de 2014

Pedido - João Baptista Muniz Ribeiro


 
Venha tirar de mim esta tristeza,
Esta tristeza infinda que dói tanto
Esta mágoa profunda que traz pranto
A um coração coberto de incerteza.

Venha acalmar a febre com seu canto,
Com seu canto repleto de beleza,
Trazer-me à alma um pouco de pureza,
De doce paz e de cativo encanto.

Tente ajudar-me um pouco mais que nada,
Para esquecer a estrada mal traçada
Que percorri com meus cansados passos

E levar-me de volta, enquanto posso,
Aquele lar que sempre foi o nosso
E rever-me de novo nos seus braços.

Soneto publicado na Coletânea da Casa do Poeta de Campinas " A Voz da Inspiração VI"
João Baptista Muniz Ribeiro- Presidente Perpétuo da Casa do Poeta de Campinas
 

sábado, 10 de maio de 2014

Meu Velho Espelho - José Luiz Pires



 
Não me sinto velho,
Apenas um pouco cansado...
Meu fardo aumenta a cada dia.
Sinto-o, mas não consigo vê-lo...

A moldura está intacta,
Já o meu espelho...
Esse, sim, mudou muito
Ou será que meus olhos envelheceram?

Não mais um menino a sonhar!
Sou um velho que não sonhei!
Não vejo refletido o meu cansaço,
Apenas as minhas marcas...

Minhas certezas se perderam,
Os caminhos que abri foram estreitos...
Hoje tenho medo de sonhar:
Quero trocar o meu espelho!

( Poema publicado na Coletânea da Casa do Poeta de Campinas "A Voz da Inspiração VI" )
José Luis Pires