PINGOS DE CHUVA
Chuva mansa, no telhado,
plim, plim, plim, plim, plim, plim,
onde é que anda meu amado ?
Vá encontrá-lo para mim.
Estará com o deus-morfeu,
ou nos braços de outro alguém ?Meu amado, ele é só meu.
Não é amor de mais ninguém.
Chuva mansa, cadencida,
do telhado escorregou
foi caindo na calçada.
Foi secando. Evaporou.
Nunca mais apareceu.
Como a chuva da natura,foi sumindo e já morreu.
ODETTE T. SANTUCCI OCTAVIANO
BOLHAS DE SABÃO
Lá se foram meus sonhos de ilusão...
Perderam-se no espaço, pelo céu...
Minhas enormes bolhas de sabão
Subiram pelo ar, de déu em déu !
Rebentaram-se todas... Que escarcéu !
Minhas queridas bolhas de sabão...
Meu pobre coração, em carrosel,
Quis abrigá-las, mas não pôde, não...
As minhas ilusões todas se foram
E não me resta material algum
Para fazer mais bolhas de sabão.
Já as bolhas de sabão o céu não douram...
Esvaíram-se os sonhos um a um,
Perdidos sem consolo na amplidão !
Nenhum comentário:
Postar um comentário