segunda-feira, 12 de dezembro de 2005
DEZEMBRO - 2005 - J. MARTINS
JOÃO MARTINS
ELO PERDIDO
" Jóia que não se compre nem se venda,
Que alegre o coração a que pertença !"
Eis seu destino em força de sentença,
Eis do Senhor a magna oferenda !
Jóia que exige gratidão sincera,
Em troca de inspirar-nos confiança,
Pela palavra sábia de esperança
Que é sempre um bem maior do que se espera.
É o conselheiro dos momentos graves,
A mão que ajuda a remover entraves.
Alguém que nos entende, é nosso amigo.
É um elo misterioso, um tanto raro;
Seu justo preço, o apreço o torna caro;
Em meio a tanto jôio, é o nosso trigo.
quinta-feira, 10 de novembro de 2005
NOVEMBRO - 2005 - LAÍS
LAÍS RODRIGUES de LIMA
COMPARTILHA COMIGO...
COMPARTILHA COMIGO...
Compartilha comigo a tua vida,
Teus momentos de dores e alegrias.
Compartilha a vitória conseguida,
E a derrota também, todos os dias
Compartilha tua alma comovida
Pela perda de alguém, que benquerias.
Compartilha comigo a luz contida
No teu bom coração, nas noites frias.
Compartilha comigo o teu destino,
Que é esparramar, decerto, o amor divino,
A todos deste mundo, amor bendito !
Compartilha comigo tudo, enfim,
E entranha o teu divino amor em mim,
Pedindo a Deus nos guarde no infinito !
Teus momentos de dores e alegrias.
Compartilha a vitória conseguida,
E a derrota também, todos os dias
Compartilha tua alma comovida
Pela perda de alguém, que benquerias.
Compartilha comigo a luz contida
No teu bom coração, nas noites frias.
Compartilha comigo o teu destino,
Que é esparramar, decerto, o amor divino,
A todos deste mundo, amor bendito !
Compartilha comigo tudo, enfim,
E entranha o teu divino amor em mim,
Pedindo a Deus nos guarde no infinito !
sexta-feira, 21 de outubro de 2005
OUTUBRO - 2005 - J.B.
JOÃO BAPTISTA MUNIZ RIBEIRO
Agora que vai longe a mocidade
E que caiu meu último castelo,
Como eu sei que não foi doce nem belo
Este mundo repleto de maldade !
Tenho poucos amigos, é verdade,
Com quem gozo um viver puro e singelo.
O resto se resume num duelo,
Sem o menor resquício de piedade !
Não vou mais esconder minha tristeza,
E em verso conto ao mundo com franqueza,
Sem o pudor que em mim não mais aflora:
Pela vida tristonha eu vou vagando,
Fingindo ser feliz... mas me enganando,
Neste amargo mentir que me devora !
domingo, 11 de setembro de 2005
SETEMBRO - 2005 - ÁLVARO
ÁLVARO RIBEIRO
SONHO OU FANTASIA
SONHO OU FANTASIA
Do horizonte surgiste... e eu desperto,
Pude ver tua imagem pura e linda
E em coração que habita no deserto,
Ressuscitaste o amor que vive ainda !
Por mim passate, em espaço livre, aberto,
Rastos de luz deixando... saudade infinda...
E ao partir, eu te vi, já bem de perto,
Eetrela, creio, de outra esfera vinda !
Imagem que se foi e não se esquece
Em rápido momemto que inebria
E se torna em visão - a mais querida...
Ilusão que em minh'alma permanece,
Qual ficção ou mera fantasia:
- Se foste um belo sonho em minha vida !...
Pude ver tua imagem pura e linda
E em coração que habita no deserto,
Ressuscitaste o amor que vive ainda !
Por mim passate, em espaço livre, aberto,
Rastos de luz deixando... saudade infinda...
E ao partir, eu te vi, já bem de perto,
Eetrela, creio, de outra esfera vinda !
Imagem que se foi e não se esquece
Em rápido momemto que inebria
E se torna em visão - a mais querida...
Ilusão que em minh'alma permanece,
Qual ficção ou mera fantasia:
- Se foste um belo sonho em minha vida !...
domingo, 21 de agosto de 2005
AGOSTO - 2005 - S.LANDINI
SIDNEI LANDINI
O U R I V E S
Segura firme e cliva a pedra bruta;
Depois, lapida-a em múltiplas facetas,
Até que a luz reflita, resoluta,
Reproduzindo inúmeras vinhetas...
E, enfim o engaste: que o ouro repercuta
Da gema nobre as várias silhuetas,
Projetando na jóia diminuta
O esplendor infinito dos cometas...
E, quando pronta, então, tua obra-prima,
Vai enfeitar contornos e declives
De um busto de mulher, de baixo à cima !
Poeta, sente o momento, imita o ourives,
Procura, apanha, busca e doma a rima,
Pondo em soneto, a inspiração que vives...
domingo, 10 de julho de 2005
JULHO - 2005 - ODETTE OCTAVIANO
ODETTE T. S. OCTAVIANO
ACHAR A ESTRADA
ACHAR A ESTRADA
Ajuda-nos, Senhor, a levantar-nos,
A não mais sucumbir às depressões,
Ajuda-nos, Senhor, a ajudar-nos,
Não nos deixes cair em tentações.
Que aos bondosos possamos agrupar-nos,
Amainando feridas e aflições.
Ensina das discórdias a livrar-nos,
Deixando intrigas, erros e ilusões.
Há tanta gente à beira dos caminhos...
Dos que seguem a sós a caminhada
Podemos ajudar tirar espinhos.
Prepara-nos, Senhor, que é madrugada,
Envolve-nos no olor de rosmaninhos,
Orienta-nos a achar a Tua Estrada !A não mais sucumbir às depressões,
Ajuda-nos, Senhor, a ajudar-nos,
Não nos deixes cair em tentações.
Que aos bondosos possamos agrupar-nos,
Amainando feridas e aflições.
Ensina das discórdias a livrar-nos,
Deixando intrigas, erros e ilusões.
Há tanta gente à beira dos caminhos...
Dos que seguem a sós a caminhada
Podemos ajudar tirar espinhos.
Prepara-nos, Senhor, que é madrugada,
Envolve-nos no olor de rosmaninhos,
segunda-feira, 20 de junho de 2005
JUNHO - 2005 - CAMILO
CAMILO GUIMARÃES
A VOZ DO AMANHECER
A VOZ DO AMANHECER
Faço-me luz e sonho-me alvorada,
Cativo a ingenuidade dos caminhos,
Fascino a vida no calor dos ninhos,
Transformo cada rosa numa fada.
Seduzo os passos que se vão sozinhos
Para iludirem a alma da jornada,
E a brisa, que me beija enamorada,
Afago-a com gorjeios e carinhos.
Abraço o inquieto vento em sua passagem,
Ponho nas folhas minha tatuagem,
Vivo a emoção das matas sobranceiras.
Colho dos rios o palpitar das águas,
Das pedras frias embalsamo as mágoas
E enfeitiço a canção das cachoeiras.
Cativo a ingenuidade dos caminhos,
Fascino a vida no calor dos ninhos,
Transformo cada rosa numa fada.
Seduzo os passos que se vão sozinhos
Para iludirem a alma da jornada,
E a brisa, que me beija enamorada,
Afago-a com gorjeios e carinhos.
Abraço o inquieto vento em sua passagem,
Ponho nas folhas minha tatuagem,
Vivo a emoção das matas sobranceiras.
Colho dos rios o palpitar das águas,
Das pedras frias embalsamo as mágoas
E enfeitiço a canção das cachoeiras.
domingo, 15 de maio de 2005
MAIO - 2005 - VIDAL
F. VIDAL RAMOS
ÚNICO BEM !
ÚNICO BEM !
A natureza vem, ridente e pura,
Sob o fulgir de estrelas pequeninas,
Num céu que lembra um mar de turmalinas,
Fazer o parto da manhã-doçura...
Em revoada, numa flecha escura,
Voam aves serenas, peregrinas,
Como um vergel de rosas opalinas,
Sobre um veludo azul, todo ternura...
Numa explosão diáfana de cores,
O sol abre seu leque de esplendores,
Num cenário que pouca vez se vê !
Ante tanta beleza e majestade,
Chego a esquecer até desta saudade:
Único bem que eu tive de você !
Sob o fulgir de estrelas pequeninas,
Num céu que lembra um mar de turmalinas,
Fazer o parto da manhã-doçura...
Em revoada, numa flecha escura,
Voam aves serenas, peregrinas,
Como um vergel de rosas opalinas,
Sobre um veludo azul, todo ternura...
Numa explosão diáfana de cores,
O sol abre seu leque de esplendores,
Num cenário que pouca vez se vê !
Ante tanta beleza e majestade,
Chego a esquecer até desta saudade:
Único bem que eu tive de você !
sexta-feira, 15 de abril de 2005
ABRIL - 2005 - ARITA
ARITA DAMASCENO PETTENÁ
EU QUISERA SER
Eu quisera ser como a folha que cai
Na tarde que agoniza
Lasciva, fria, indolente
Sem um protesto, sem um lamento
Eu quisera ser como a rosa perfumada
Que se desfolha ao sabor do vento
Deixando em cada pétala que se espalha
A suave fragrância do seu beijo
Na tarde que agoniza
Lasciva, fria, indolente
Sem um protesto, sem um lamento
Eu quisera ser como a rosa perfumada
Que se desfolha ao sabor do vento
Deixando em cada pétala que se espalha
A suave fragrância do seu beijo
Eu quisera ser como a tarde que morre
Nas fímbrias rubras do horizonte
Nas fímbrias rubras do horizonte
Sem pranto nem funeral de flores
Apenas porque a noite vem
Eu quisera ser como a criança inocente
Que chora sentida as palmadas doridas
E depois sai sorrindo esquecida
A cantar as delícias do mundo
Eu quisera ser um eu diferente
Sonhar com as coisas do Alto
E sentir em cada instante da vida
A sublime grandeza de Deus !
Apenas porque a noite vem
Eu quisera ser como a criança inocente
Que chora sentida as palmadas doridas
E depois sai sorrindo esquecida
A cantar as delícias do mundo
Eu quisera ser um eu diferente
Sonhar com as coisas do Alto
E sentir em cada instante da vida
A sublime grandeza de Deus !
quinta-feira, 14 de abril de 2005
ABRIL - 2005 - AGENOR
AGENOR SANTOS GONÇALVES
AMOR OU AMIZADE ?
Durou talvez uns dez meses,
Entre frases eloquentes
e palavras comoventes
meu objetivo atingi.
Deus é quem sabe a verdade,
será amor, amizade
ou repentina paixão ?
- Talvez Ele, com grandeza,
veio mostrar a beleza
de uma feliz união !...
AMOR OU AMIZADE ?
Durou talvez uns dez meses,
a nossa aproximação.
Um dia sonhei contigo,
nesse sonho meio antigo
desnudei meu coração.
Telefonei, atendeste,
senti que me percebeste,
ouvi tua voz, sorri.Entre frases eloquentes
e palavras comoventes
meu objetivo atingi.
Deus é quem sabe a verdade,
será amor, amizade
ou repentina paixão ?
- Talvez Ele, com grandeza,
veio mostrar a beleza
de uma feliz união !...
quinta-feira, 10 de março de 2005
MARÇO - 2005 - L. BADARÓ
LOURDES BADARÓ
MEU JARDIM
No teu chão eu plantei cadasemente,
Fui jardineiro, artista e sonhador;
Com sonhos adubei a terra quente,
Envolvi, com cuidado, cada flor.
Fui jardineiro, artista e sonhador;
Com sonhos adubei a terra quente,
Envolvi, com cuidado, cada flor.
Transformei-te em refúgio florescente
Alfombrado, de mágico esplendor,
Onde perpassa a brisa suavemente
Lindo jardim, recanto ameno e calmo
Que eu adoro e conheço palmo a palmo,
De onde espio passar a minha vida !
Em teu seio enterrei tantas lembranças,
Amores que floriram nas andanças,
Um adeus, uma triste despedida !
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005
FEVEREIRO - 2005 - A. BORBA
ARLINDO BORBA de OLIVEIRA
TROVAS PATRIÓTICAS
TROVAS PATRIÓTICAS
Eu te vejo, minha bandeira,
e te amarei por inteira
Oh ! Pavilhão da Esperança !
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Bandeira do meu Brasil
que eu amo desde nasci;
quem não te amar será vil,
não merecendo a ti !
**********
Ver-te no alto da glória
meu Brasil, ainda espero,
a redimir tua História
como a potência que eu quero !
sexta-feira, 14 de janeiro de 2005
JANEIRO - 2005 - BENNY SILVA
BENNY SILVA
O ESPELHO QUEBRADO
Cada rosto que em cacos vê-se imerso
Da alma-espelho, quebrada em seu arcano,
Deve reunir seu interior disperso,
Como pastor do coração humano.
Uno qual pétalas de rosa, o inverso
Da dispersão do estranho íntimo insano,
O homem fora a harmonia do universo,
Antes de ser do espírito um profano...
Se de imagens uma alma é construída,
Cuja unidade fora dividida,
Busco ser um na minha multidão...
Qual sol que traz à luz, céus e buracos,
Desta alma-espelho eu hei unir os cacos
Pelo amor que é a manhã do coração !
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