sexta-feira, 15 de abril de 2005

ABRIL - 2005 - ARITA


ARITA  DAMASCENO  PETTENÁ

EU  QUISERA  SER

Eu quisera ser como a folha que cai
Na tarde que agoniza
Lasciva, fria, indolente
Sem um protesto, sem um lamento
      Eu quisera ser como a rosa perfumada
      Que se desfolha ao sabor do vento
      Deixando em cada pétala que se espalha
      A suave fragrância do seu beijo
Eu quisera ser como a tarde que morre
Nas fímbrias rubras do horizonte
Sem pranto nem funeral de flores
Apenas porque a noite vem
      Eu quisera ser como a criança inocente
      Que chora sentida as palmadas doridas
      E depois sai sorrindo esquecida
      A cantar as delícias do mundo
Eu quisera ser um eu diferente
Sonhar com as coisas do Alto
E sentir em cada instante da vida
A sublime grandeza de Deus !




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