ANTONIO LACERDA
ÚLTIMO CIGARRO
Estou sentado na calçada
onde você há pouco se sentou,
fumando o último cigarro,
que você deixou.
E na fumaça eu vejo seu vulto,
como loucas borboletasà procura de amor,
vão vêm de asas soltas
ao encontro de tantas outras,
que sentem a mesma dor.
Cego de raiva vou para casa
sem poder compreender
que todas essas loucuras
são por causa de você.
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