MARIA de LOURDES de S.C. BADARÓ ARLINDO BORBA de OLIVEIRA
C H U V A DE CORAÇÃO A CORAÇÃO
Lá fora a chuva canta uma canção O coração solitário
Em ritmo suave de acalanto... que encontrei por acaso
Dentro de mim, o tédio, a solidão tem aquecido o meu
E a saudade pungente que dói tanto ! em compassos de Bach;
e eu choro e deploro
Angustiada eu escuto o coração porque o tenho ao meu lado,
Batendo o meu cansaço e desencanto, pela beleza de sua música
Querendo as mágoas afogar em vão, e porque não posso amá-lo !
Nas águas copiosas do meu pranto .......................................
Agora, como sempre,
E a chuva continua, persistente, o humano paradoxo !
A escorregar as gotas na vidraça,
Peneirando tristezas mansamente...
Que bom se ela levasse o meu tormento,
Na enxurrada veloz que agora passa,
Para o almejado mar do esquecimento !
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