quinta-feira, 2 de setembro de 2010

SETEMBRO - MOACIR

MOACIR  MONTEIRO

AS  FLORES  EU  NÃO  TINHA

Agora olho para a campa onde o verde predomina
E, posso ver que depois da chuva, as flores e ramos daninhos
Cresceram desordenadamente, quase cobrindo todo o vale.


Vale que é quase sagrado para mim, pois é sua eterna morada

Meu sorriso não saiu,
Não se aflorou em minha boca, e,


E meus lábios se fecharam porque
Tua campa estava toda coberta de flores
E ramos daninhos.

As flores eu não tive, para depor
Sobre tua urna mortuária, quando,

Fecharam os teus olhos
Entrelaçaram tuas mãos

Depois colocaram aquela tampa sobre teu rosto,
Tão calmo e sereno, parecia que dormias.
.Depois, te cobriram com o pó daquela terra que fora cavada.

Somente eu... te cobri de lágrimas
Elas são as flores que não tive para ornar
A tua fronte de mártir, de santa, naquele dia...
   QUERIDA QUANTA SAUDADE...


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