domingo, 1 de maio de 2011

REUNIÃO de ABRIL - PAULO

PAULO  CARVALHO  DE  FREITAS

MEU  PÉ  DE  TAMARINDO

O pé de tamarindo da minha infância,
Ainda balança nos meus sonhos de menino.
Seu caule que um dia pequenino,
Cresceu fazendo sombra aos meus brinquedos,
Cobriu de esperanças os meus primeiros medos,
Foi tela de minhas arteirices e lembranças.
    Num palco de pedregulho, ostensivo chão,
    Seguindo o veio de raízes despedaçadas.
    Com ferramentas de pedras, construí estradas,
    Transportei sementes de sonhos infantis.
    Nas poças secas, pesquei bagres e lambaris,
    Pequenos córregos eram rios de imensidão.
No pé de tamarindo da minha infância,
Construí caminhos suaves de futuro,
Que transcenderam a parede e o muro.
Numa aeronave qualquer ganhou alturas,
Um vôo suave de aventuras,
Sonhos de vida em abundancia.
    As folhagens que sombreiam minha emoção,
    Escondem frutos de sentimentos e alegrias.
    Meu pé de tamarindo das fantasias,
    Norteou minha vida à realidade,
    Cavou no peito uma raiz de saudade,
    Criando uma gostosa dor no coração.

3 comentários:

  1. Amigo, Paulo,
    Não tive meu pé de tamarindo,
    nem por isso infeliz fui,
    tive outro pé tão lindo,
    mangas aos montes caindo,
    sem falar das jabuticabeiras,
    esconderijo nas brincadeiras.
    Lendo seu pé de tamarindo,
    não contive tanta alegria,
    ora deliciando-me com sua poesia,
    ora dedicando-me à farta fantasia,
    obrigado, amigo, por tamanha alegria.
    Abraços,
    Durival

    ResponderExcluir
  2. Bom dia Paulo!

    Teu poema está belíssimo,numa recordação doce e suave que deu sentido a esta saudade sentida,mas também prazerosa!São lembranças assim que nos faz sentir o coração mais jovem,pois voltamos a um tempo em que tudo era felicidade!Hoje a vida é outra realidade,mas os sonhos e fantasias nunca devem nos abandonar,pois eles dão aquele sabor delicioso a vida!
    Parabéns,amei ler-te!Abraços de afetos!

    ResponderExcluir
  3. Lindo poema, repleto de saudade e de emoção por um tempo que não volta mais; porém está vivo na lembrança que nunca se cansa de recordá-lo.
    Parabéns!
    Eunice R. de Pontes

    ResponderExcluir