Procissão do Encontro
É tempo de Páscoa
e me vem à mente a infância
e as coisas simples que então havia:
o capim pro coelhinho,
ovos cozidos tintos com cascas de cebola,
e as procissões,
ah! as procissões.
A do Encontro era de madrugada
bem cedinho;
papai ia com os homens
por um caminho
e eu por outro,
com as mulheres.
Ao fim da procissão,
defronte à Igreja,
o Encontro,
que para mim, pequenininha,
não era o do Cristo com Sua Mãe,
mas meu encontro com papai.
Nas procissões noturnas
havia as velas, tão bonitas,
e o medo de que alguém
incendiasse os cabelos do vizinho
Quisera eu ser ainda
a menininha
e, ao fim da procissão
do Encontro,
poder, de novo, encontrar meu pai.
É tempo de Páscoa
e me vem à mente a infância
e as coisas simples que então havia:
o capim pro coelhinho,
ovos cozidos tintos com cascas de cebola,
e as procissões,
ah! as procissões.
A do Encontro era de madrugada
bem cedinho;
papai ia com os homens
por um caminho
e eu por outro,
com as mulheres.
Ao fim da procissão,
defronte à Igreja,
o Encontro,
que para mim, pequenininha,
não era o do Cristo com Sua Mãe,
mas meu encontro com papai.
Nas procissões noturnas
havia as velas, tão bonitas,
e o medo de que alguém
incendiasse os cabelos do vizinho
Quisera eu ser ainda
a menininha
e, ao fim da procissão
do Encontro,
poder, de novo, encontrar meu pai.
Lu Narbot
Algumas lágrimas de saudades da infância escaparam do canto dos olhos ao ler a procissão dos encontros, como que sentindo o frescor das madrugadas onde minha fé navegava livre pela inocência dos meus sentidos. Grato por visitarem meu Blog, assim pude conhecê-los. Miro
ResponderExcluirmuito linda essa poesia... dá saudade dos velhos tempos...
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