Já fui uma alameda
Avenida
Rua comprida que acabava na linha do trem
Rua curta com várias saídas...
Hoje sou um beco
Uma rua sem saída!
Quero novamente minhas ruas de terra,
Os campinhos demarcados com chinelos
Das cores.... a amarelinha
Do sol... a queimada
Da noite, apenas o medo do escuro...
Quero meu maranhão
Minha pipa
Meu papagaio
Ficar horas olhando para o céu...
Ouvir o chamado de minha mãe: Luiziiinhoooooo!
Quero apenas a lembrança
de ser criança,
de calças curtas e suspensórios.
Somente por hoje quero paz
Paz de criança brincando na chuva!
(Poema publicado na Antologia II da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro -ANLPPB - Julho-2013)






José Luiz Pires