quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Lua Azul - Marilza Calsavara


31/07/2015
Lua cheia, brilhante,
Tem uma aura sutil e vibrante,
Inspira sonhos de amantes,
Que se amam sob um céu,
De estrelas cintilantes.

Os sons da noite se aquietam,
E o silêncio dela é respeito,
A beleza do firmamento,
 Que nos eleva o pensamento,
Para o Senhor do Universo.


LUA AZUL é a segunda lua cheia dentro do mesmo mês.
A anterior foi em 2012 em 31 de agosto.
A próxima será em Janeiro de 2018.

MARILZA PEREIRA CALSAVARA
MDLUZ
01/08/2015


sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Diário Poético de Viagem - Rosana Montero Cappi



Sinopse

Este é meu primeiro livro de poesias, após a publicação de três romances. Nele, eu conto de forma poética minha  viagem para a Europa em 2014.
A primeira parte, retrata os dezessete dias no navio MSC Prezioza, partindo do porto de Santos e suas paradas e passeios em algumas cidades brasileiras, os cinco dias da travessia pelo mar e depois as paradas em Tenerife nas Ilhas Canárias, Málaga na Espanha, Palermo na Itália,  La Valeta na Ilha de Malta e a espetacular chegada  em Veneza.
A partir de Veneza, a viagem prossegue por terra, por mais dezessete dias, a maioria por trem em cidades da Àustria, Alemanha, Suíça e Itália, sendo descrita em forma de poemas com meu olhar de poeta, nos passeios por montanhas, museus, monumentos, obras de arte, paisagens, experiências,  em rimas e versos compartilhados nesta coletânea.
“Diário Poético de Viagem” pode ser um guia turístico para ser levado na bagagem e despertar a inspiração, levando o leitor para conhecer lindos lugares através da poesia.    

Embarque comigo nesta viagem.

Rosana Montero Cappi
Para comprar é só acessar o link:


 
                            Foto no deck do navio MSC Preziosa
                                                             Rosana Montero Cappi


terça-feira, 18 de agosto de 2015

Sarau da Casa do Poeta de Campinas ( 15/08/2015) - Salão Nobre do ICCT - Instituto Campineiro dos Cegos Trabalhadores


José Luiz Pires - Presidente da Casa do Poeta e sua querida  esposa Araci 
Exposição de obras da escultora Silvia Max


Rosana Montero Cappi, Vice-Presidente da Casa do Poeta, Silvia Max - Escultora, Célia Paulino- Artista Plástica e  Regina Simões Angelo - Academia de Letras das Forças Armadas

Vânia Figueiredo 
Rachel dos Santos Dias



Miriam  Miatto
Rosana Montero Cappi

Reinaldo Cúrcio - Atração Musical



Cúrcio, o olhar encantado de sua esposa Rosilene e a admiração dos sogros Edione e Vicente Montero
Iraci

Eunice Rodrigues de Pontes 

Araci Finotelli Pires


Teresa Azevedo



                                                                                   Della Rosa

Tércio Sthal

José Augusto Gonzales e Reinaldo Cúrcio


Silvia Max

José Luiz Pires

José Luiz Pires e Tércio Sthal  ( encenação de poema) 

Albaran

Leninha e Reinaldo Cúrcio

Rosana Montero Cappi e Sebastião Brandão

Jaci








quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Mar- Eunice Rodrigues de Pontes


"O mar quando quebra na praia
  É bonito, é bonito."
 O mar" - Dorival Caymmi

Ó mar, és muito bonito,
Pareces sempre infinito.
Tua beleza me fascina,
Tua grandeza me domina,
Tua braveza me alucina.

Ó mar, tua imensidão varonil
Sob esse vasto céu de anil me
Inebria, me dá vertigens, me
Faz girar a sonhar num carrossel, 
Tal qual um romântico menestrel.

Ó mar de ondas bravias, misteriosas, 
Indômitas, repletas de espumas colossais.
Fustigas os rochedos com força poderosa,
Descomunal, com estupendo marulhar.
Parece que possuis fatais sereias a cantar.

      Eunice Rodrigues de Pontes

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Plantem Flores - Tércio Sthal


Alguém sabe dizer,
Sem medo de errar,
Quantas folhas caem no Outono?
Quantas pessoas morrem de frio no Inverno?
Quantas flores desabrocham na Primavera?
Quantos amores duram apenas um Verão?

Para os que não sabem dizer,
E para os que tem medo de errar,
Recomendo:

Plantem flores,
Antes e depois da Primavera!

(TÉRCIO STHAL)

Tércio Sthal


quarta-feira, 5 de agosto de 2015

A Flor Mulher - Rachel dos Santos Dias



Ela paira... bóia... na beira de um lago...
Suave...bela... doce... única e valiosa...
Não é um lírio, nem um cravo, nem uma rosa...
Seria um nenúfar claro em vento vago...

Mil pétalas a compõem, de cor à luz igual!
Refletem seu brilho as nuances do sol ,
Numa pureza sem par e tão natural
Como o amanhecer, como um arrebol!

O que é ela? Uma flor? Uma deusa, uma fada?
O que a compõe? Espírito? Alma? A verdade?
Qual o seu nome? Como é sempre chamada?

Ela é simplesmente o ser da maternidade.
É a mulher, doce e bela como a flor e abençoada!
Ela é tudo para todos por toda eternidade!

                                                        Rachel dos Santos Dias

                                                      

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O Terno do Brasilino. José Luiz Pires




Brasilino vivia na cidade grande; vindo do interior lutava para se auto sustentar. Mesmo sem conseguir juntar as letras e formar palavras, sempre caminhava com um ou mais livros em baixo dos braços. Durante suas caminhadas diárias ia encontrando pessoas e dizendo-lhes:
- Quer ler este livro?  É muito bom, o autor é excelente!
Brasilino vivia de donativos e recicláveis que vendia nos ferros-velhos dos bairros que percorria. Carismático e conhecido de todos, estava sempre desfiando seu rosário de histórias; falava das pessoas e ria muito dos acontecimentos por ele observados e vividos.
Quando passava em frente à alfaiataria do amigo Afrânio, sempre dizia:
- Amigo Afrânio! Estou indo comprar um corte de tecido, amanhã vou mudar de vida, serei outra pessoa.
E seguia seu caminho.
O sonho de Brasilino era usar um terno, e não havia dia que não tocasse no assunto do terno e sua mudança de vida. Por onde passava sempre ouvia:
- Cadê o terno, Brasilino?
- É amanhã, você vai ver, está ficando lindo.
Os anos foram passando, a velhice chegando e nada do Brasilino aparecer vestido com o tão propagado terno.
A casa do Brasilino era bem humilde: quarto, cozinha, sala e banheiro. As paredes eram sem reboco, o piso, de cimento queimado, porém, tudo bem limpinho e arrumado. No quarto existia uma prateleira com muitos livros, todavia, não tinha lido nenhum, não sabia sequer escrever o nome. Muitas pessoas passaram por sua porta à procura de livros para leituras e trabalhos escolares. Após a escolha, Brasilino vinha com seu bordão:
- Muito bom, o autor é excelente!
Amanhece mais um dia. Brasilino chega à porta da alfaiataria do amigo Afrânio, entrega uma sacola com um pacote dentro e diz que ele pode abrir o pacote. Ali estavam: um corte de linho branco, um retrós de linha, cinco botões para a calça, três para o paletó; nem os botões do colete Brasilino esqueceu.
- Afrânio! Tire as medidas e pode fazer o terno. Quanto é? Quero pagar adiantado.
A noticia espalhou-se rapidamente, igual “rastilho de pólvora”.  Brasilino passou a andar todo garboso pelas ruas do bairro, parecia ensaiar seus próximos passos, sua nova postura, na ânsia da oportunidade agora quase real de vestir tão esperado terno! Chamado foi para sua primeira prova. Seus olhos brilhavam, sua postura aproximava-se de um Lorde.
Uma semana depois chega o aviso tão esperado. Afrânio, o alfaiate chama Brasilino e diz: amanhã passe por aqui, ficarei trabalhando no seu terno depois do expediente e irei terminá-lo.
Brasilino foi ligeiro para casa e fez uma faxina geral. Retirou o calendário da parede, circulou a data do dia seguinte: 1º de Novembro de um ano qualquer. Deitou-se mais cedo do que o horário costumeiro, quanto antes dormisse, o dia seguinte chegaria mais rapidamente. Pontualmente às seis horas o despertador tocou. Levantou-se, tomou um demorado banho, passou brilhantina nos cabelos, escovou os dentes, passou uma loção pelo corpo e pôs-se a lustrar por mais de trinta minutos o par de sapatos que havia achado certo dia e guardado para essa ocasião. Às sete e meia partiu em direção à alfaiataria; aguardou pacientemente por mais de uma hora até que o amigo Afrânio chegasse para abrir o comércio. Retirou o terno do manequim e seguiu apressadamente para o provador, olhava atentamente para cada detalhe da sua imagem refletida no espelho, até mesmo o último botão do colete deixou sem abotoar.
Tudo como manda o figurino.  Inesperadamente exclamou lá de dentro:
- Afrânio, perfeito!
Saiu para a rua todo empombado, e todos vinham ter com ele. Caminhava altivo por todo o bairro, desfilou por todas as ruas, atravessava a rua sem motivo algum. Naquele dia tão aguardado, almoçou num bom restaurante e passou pelo café no meio da tarde. A noite chegara e na lanchonete, entre amigos, pediu um lanche completo, com tudo o que tinha direito.
Depois, despediu-se de todos e começou a caminhar lentamente. Olhava as casas com uma visão que nunca tivera, parecia ler os luminosos dos estabelecimentos. Vez ou outra olhava para o céu, não sei se para a lua ou para as estrelas, mas, com certeza contemplava o firmamento.
Chegando a sua casa, encostou o pequeno portão de madeira no batente, passou a chave na porta da cozinha e encaminhou-se para o quarto. Arrumou as cobertas, ajeitou o travesseiro. Sentou-se na cama, logo foi retirando os sapatos e, deitando, ajeitou o paletó para cá e para lá. Elevou seus pensamentos a Deus e orou como todos os dias fazia.
 Olhou para o relógio pendurado na parede: 5 minutos do dia 2 de Novembro de um ano qualquer. Brasilino adormeceu rapidamente e nunca mais acordou !!



José Luiz Pires - Presidente da Casa do Poeta de Campinas
Inadequado54@hotmail.com