Lágrima contida, escondida atrás dos olhos, é como o vestígio de garoa, que em dia de verão é ofuscada pela claridade. É como acúmulo de vapor, que vira temporal, tufão, tempestade. No olho do furacão, explode, vira vendaval, carrega o que vem na frente. Vai sugando tudo, envolvendo todos, cada reprimido sentimento, cada fala, cada desalento, sofrimento, desilusão; senão fica sufocada e vira depressão. Depois se transforma em torrente, Enchente, desabafo de mágoas, de tristezas, de solidão e desemboca no mar do coração, que apesar de toda essa descarga se sente aliviado graças a liberação de sufocada emoção. Rosana Montero Cappi
Debaixo do negro tapete que existe em mim sofri essa ameaça novamente, de reencontrar com um tigre existente nos meus porões de infância, um bicho mau.
Mas meu pavor ficou surpreendido quando deixei que fosse aparecido e ao enxerga-lo detalhadamente, abriu a boca demoradamente e docemente disse-me:
Homenagem da Casa do Poeta de Campinas. ao seu presidente perpétuo João Baptista Muniz Ribeiro, que dia 14/11/019, completou 88 anos. Parabéns querido amigo, poeta e sonetista. Soneto " DIA DE SAUDADE " Que farei neste dia tão tristonho, Sozinho, sem ninguém, abandonado, Sentindo a falta de um olhar risonho, Que alegre e aqueça o coração gelado ? Que farei neste dia tão tristonho, Se já não posso ter junto, ao meu lado, Quem foi a minha vida e foi meu sonho, E se perdeu nas brumas do passado ? Que farei neste dia de saudade, Quando a tristeza esta minh'alma invade, Numa emoção como jamais senti ? Só me resta apertar dentro do peito, Meu coração, que se tornou desfeito, Pela saudade que me vem de ti... João Baptista Muniz Ribeiro