DONA SOLIDÃO
Chegou, bem de mansinho, silenciosa
E adentrou, sem convite, em minha vida;
Logo estendeu-me a mão branca e sedosa,
Num gesto de piedade comovida...
Era pálida, fria e tão formosa,
Acenou-me, a sorrir, com a paz perdida
E com uma existência venturosa
Onde a dor ficaria sem guarida...
Eu que exgotara a taça de amargura,
Longe do amor, sem ter felicidade,
Acreditei na estranha criatura !
E, fascinada, sem hesitação,
Aspirando o perfume da saudade,
Iludida, abracei a Solidão !...
E adentrou, sem convite, em minha vida;
Logo estendeu-me a mão branca e sedosa,
Num gesto de piedade comovida...
Era pálida, fria e tão formosa,
Acenou-me, a sorrir, com a paz perdida
E com uma existência venturosa
Onde a dor ficaria sem guarida...
Eu que exgotara a taça de amargura,
Longe do amor, sem ter felicidade,
Acreditei na estranha criatura !
E, fascinada, sem hesitação,
Aspirando o perfume da saudade,
Iludida, abracei a Solidão !...
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