domingo, 24 de julho de 2011

R eunião de Junho - Jurandir

  




MEU DEUS

MEU DEUS, POR QUE TANTAS PESSOAS
SOFREM TANTO PARA MORRER?
NÃO TEM EXPLICAÇÃO
SOFREM E FAZEM OS OUTROS SOFREREM.

A PERGUNTA É SEMPRE A MESMA:
POR QUE SOFREM TANTO ASSIM?
SERÁ PARA REDIMIR DOS PECADOS
OU CADA UM TEM SEU FIM?

QUE MISTÉRIO DA NATUREZA
NINGUÉM PODE NEGAR
SE EXISTE CÉU OU INFERNO
QUEM PODERÁ PROVAR?

A MORTE NÃO É FIM,
É O INÍCIO DE UMA NOVA VIDA,
É O CAMINHO ESPIRITUAL
DE UMA ESTRADA PERCORRIDA.

DEUS NO CÉU ONIPOTENTE,
GUIANDO OS FILHOS SEUS
CADA UM COM SEU DESTINO
CADA UM COM SEU CAMINHO.

JURANDIR GALLINARI
( do Livro de Poesias "Quem sou eu?")

Reunião de Junho - Mauro


  


 O VENTO
 
O  VENTO SOPRA FORTE
PARA TODOS OS LADOS
PARA OESTE, ATÉ PARA CLAUDETE
AO LESTE, ATÉ PARA SUZETI
AO NORTE, PARA MONFORTI
AO SUL, PARA JANGUÇU.
  
O VENTO SOPRA FORTE
AOS QUATRO PONTOS CARDEAIS
LEVANDO ROMANTISMO,
AMOR E CALOR HUMANO VINDO DA NATUREZA.

UM AMOR EM CADA PONTO CARDEAL
A DISTÂNCIA UM DO OUTRO É MUITO GRANDE
MAS MEU AMOR É MAIOR QUE A DISTÂNCIA ENTRE NÓS
CORAÇÕES APAIXONADOS.

PARA CADA OESTE, LESTE, NORTE E SUL
TIRO INSPIRAÇÃO DO FUNDO DA ALMA
PALAVRAS LINDAS DE AMOR POR VOCÊ
DE DIA O SOL BRILHA
ESSAS QUATRO ESTAÇÕES ILUMINADAS POR DEUS.

A NOITE CHEGA,
A LUA CLAREIA TODA A TERRA
E NO UNIVERSO IMENSO
MILHÕES DE ESTRELAS BRILHAM
E UM DELAS SOU EU.


MAURO MATOSO

sábado, 16 de julho de 2011

Reunião de Junho - Rosana





O JARDIM DA VIDA

Respiro fundo e me concentro.
Paro, por um momento.
Só depois de pensar é que falo
Algumas palavras soprando-as ao vento.

Frases boas calam na mente
São capazes de transformam uma situação
Pondo fim a uma imensa dor
Causada simplesmente pela falta de amor.

Quanto sofrimento causado
Principalmente pelo materialismo
Que afasta o que é mais simples
Fazendo angustiado aquele por ele contaminado.

Palavras ruins machucam
Causando interno sangramento
Mas, porque guardá-las no peito? 
Melhor deixá-las no esquecimento.

Ansiedade por conquistar o inusitado
Consegue deixar eternamente apressado
Quem jamais consegue ficar parado
Seja no final de semana ou no feriado.

Esquecida e deixada de lado
Minada pela intolerância
E pelo coração insatisfeito  
Não pode ser cultivada  
A virtuosa paciência.

No jardim da existência,
O jardineiro maior da criação
Rega o solo fértil do coração
Que aberto à germinação,
Faz  brotar a semente
Iluminando a virtude interiormente.

Então, aquele canteiro da vida,
Que estava triste e mal cuidado
Explode em cor e alegria
Aí finalmente o homem com harmonia e serenidade
Encontra a verdadeira felicidade. 

ROSANA MONTERO CAPPI
 


Reunião de Junho - Moacir



SAUDADE DANADA

Poesia eu não fui te buscar nos bancos de escola
Eu te busquei na gota de orvalho que caía
Na manhã sonolenta de inverno
E nos campos cobertos pela geada.

Era a minha pele que o frio açoitava
E não as carteiras geladas e mudas
Que era onde eu me sentava aguardando
As letras que chegavam, sem calor quase geladas.

Quanto tempo demorou para que eu,
Bem devagar pudesse colocar um pouco de calor humano
E assim fui esquentando os meus garranchos e dando formas a eles.
Eles não tinham métrica, somente tinham o meu calor humano.

Mas, era um calor tão pequeno que tive que aperfeiçoá-lo
Bem devagar ele tomou forma e eu entendi
Passei então a usá-los, eles que me ensinassem o caminho
E, foi usando-os que juntei, e, fiz a minha poesia.

E agora é você que coloca medida nos meus versos?
Vem me falando de métricas,
Será que sabes o cumprimento que o caminho tem?
Será que sabes  onde param os meus sentimentos
E onde chora o meu coração?

Então porque devo medir as letras
Nunca ninguém me ensinou, só me disseram
Que as minhas paginas poéticas iam me permitir,
Que em tudo o que eu escrevesse, podia até virar fantasia
Porque a poesia nos permite isso.

Deixe-me escrever a vontade,
Eu não vou te aborrecer e nem te criticar
De minha terra, dos meus campos e das minhas estradas
Somente eu sei o quanto a saudade é danada.

Moacir Monteiro

quarta-feira, 6 de julho de 2011

REUNIÃO DE JUNHO - REGINA

Insônia

A noite turva canta uma canção.
Só consegue ouvir quem
Não tem medo da solidão.

Aqui, o sono foge de repente,
sem pedir permissão.
Não me importo; essa quietude
faz bem e alivia a tensão.

Olho para o céu escuro,
Com profunda admiração.
Minha diversão é olhar as estrelas,
Minhas companheiras de solidão.

Elas dizem que terei a paz que procuro,
Que jamais, devo temer a escuridão.
E que irão me acalentar, enquanto
O Sol não chegar.

É tudo magia e calmaria.
Deixo-me levar pela nostalgia.
Deito-me no gramado úmido.
Sinto a brisa fresca me acariciar.

Estou segura, vazia.
Não penso em nada.
Não desejo nada,
Nem mesmo o raiar do Dia.

Regina Gois

sábado, 2 de julho de 2011

REUNIÃO DE JUNHO - EUNICE


 


À CORA CORALINA
 
 Tua poesia Cora Coralina
tão  fina, tem brilho próprio.
Teus versos, tão doces quanto
os doces que fazias, correm
soltos, num doce remanso,
a mostrar todas as mulheres
que existem dentro de ti.
 
Mulher de nossa terra, brasileira,
tão forte quanto o mais forte guerreiro.
Mulher coragem, trigueira,
mas também doceira, poetisa e faceira.
Teus versos me encantaram e 
comoveram com sua mais pura e rara beleza.

Teus versos refletem a alma e a vida goiana;
tua poesia, Cora Coralina, é simplesmente divina.
Mulher da terra que tanto amaste,
deixaste a infância da desajeitada Aninha
para te tornares estrela da vida inteira,
como o poeta Manuel Bandeira.

Pixinguinha, grande mestre compositor,
fez um buquê que não se esquece jamais,
de belas e sublimes notas musicais...
Cora Coralina, antes tão preterida, agora
mestra das mestras, a preferida,
cultivaste lindas rosas, rainha das flores
e fizeste outro buquê de inesquecíveis versos angelicais; 
Cora Coralina, excelsa rainha.

Eunice Rodrigues de Pontes