REGINA MAURA P. PINHEIRO
TROVAS
Quanta alegria e ventura,
Eu senti ao te encontrar;
O teu olhar de ternura,
Encheu de luz meu olhar.
************
Quando um dia eu quis amar,
Procurei no mundo inteiro,
Alguém que fosse me dar
Um coração verdadeiro.
ANITA FIGUEIREDO
TROVAS
Plantei coqueiro na areia,
veio o vento e derrubou.
No sonho que me planteia,
a ilusão desmoronou !
************
No teu olhar que irradia,
que me fulmina matando
é um sol do nosso dia,
com a saudade alegrando.
MAURO SAMPAIO
A V I D A
A vida é apenas o instante.
No passado já passamos
E o futuro não vivemos.
A morte sim, por não ser nada,
Vive junto com a Eternidade
Que não se acaba nem passa.
Apenas não existe... mas acreditamos !
segunda-feira, 15 de dezembro de 1997
segunda-feira, 10 de novembro de 1997
NOVEMBRO de 1997
JURANDIR GALLINARI
FRESTA NA JANELA
FRESTA NA JANELA
na fresta da minha janela,
pelo qual conduz
ao retrato dela.
A foto que ela deixou
no criado mudo do meu quarto
reluz um só instante,
de um grande amor distante.
Fresta de janela, amiga e
companheira, deixe a lua
brilhar a noite inteira
para que eu possa ver
sua foto em minha cabeceira.
LÚCIA HELENA OCTAVIANO
Sonhos, carrosséis perdidos
Ah, triste fim de ilusão !
Pensamentos esquecidos,
Olhos secos, emoção !
No coração, peso estranho
Que retorce o pensamento,
Pois me escondo, desentranho,
Triste fim, triste momento
Que me esqueço da alegria
Antes tão pronunciada.
Passo estranha todo o dia
E me faço tão fechada.
Mas me encontro de repente
Em doces olhos castanhos,
Que de amor, intensamente,
Me fazem forte entre estranhos !
segunda-feira, 20 de outubro de 1997
OUTUBRO de 1997 - 1º Aniversário
ARITA DAMASCENO PETTENÁ
Do vazio imenso
Que deixaste em mim,
Da lágrima pura
Que não teve fim...
Ah ! se tu soubesses
Tu chorarias então,
Não pelo amor
Que não existe em ti,
E do meu pranto estanca-me o queixume,
Chega-te a mim, amor, dá-me este gosto,
Quero sentir, de novo, no meu rosto,
A doce Primavera dos teus lábios...
CAMILO GUIMARÃES
Haverá o silêncio sobre a chama,
Haverá o calar sem mais resposta,
Que o tempo não apagou, de quem se gosta,
E por gostar demais se fez caminho...
E traz a mesa história complicada
Ah ! se tu soubesses
Da saudade enorme
Que de ti eu sinto,
Do pranto triste
Que por ti eu choro...
Ah ! se tu soubesses
Que deixaste em mim,
Da lágrima pura
Que não teve fim...
Ah ! se tu soubesses
Tu chorarias então,
Não pelo amor
Que não existe em ti,
Mas pela mágoa
Que causaste em mim !
POR DEUS !
Por Deus ! Seca-me as lágrimas da face,
Toma de um lenço, nele põe perfume,
Que na garganta, cada dia nasce...
E escuta : se meu coração falasse
Talvez dissesse "- Rujo em fúria e em ciúme,Que cada vez aumentam de volume,
Sempre que meu amor por ti renasce ! "
E a cada dia, vivo, me atormenta,
E nem sequer palavra boa atenta
Que vem dos mestres, lúcidos e sábios...
Quero sentir, de novo, no meu rosto,
A doce Primavera dos teus lábios...
CAMILO GUIMARÃES
A cativar a solidão da vida,
Motivos de sofrer de quem reclama,
Busca de espera que se faz partida.
Haverá a saudade de quem chama,
Voz entre sonhos de ilusão perdida,
Carícia de esperar, sofrido drama,
De uma antiga lembrança comovida.
Haverá o calar sem mais resposta,
Que o tempo não apagou, de quem se gosta,
E por gostar demais se fez caminho...
E traz a mesa história complicada
Do muito que se quis e não ter nada,
Do nada de ficar ainda sozinho.
quinta-feira, 11 de setembro de 1997
SETEMBRO de 1997
LUIZ D'OLIVEIRA PASSOS
SEM FRONTEIRAS
Desperta gênio humano para a Unidade,
Eliminando todas as loucas fronteiras,
Vivenda bruta, mãe da infelicidade,
Que ovaciona as mais tristes bandeiras.
Ó povo rude que tem a alma atrofiada,
É bom beber agora na taça harmoniosa,
Cheia de paz, docemente acariciada,
Sem o estertor de uma morte ansiosa.
Voando por esta vida esplendorosa,
Sendo envolto, com perfume de rosa,
Lampeja a vontade forte das gerações.
No Zênite, fulgurante iluminando,
Vejam o Mais Sublime hoje anunciando,
A irmandade entre os homens e as Nações !
SEM FRONTEIRAS
Desperta gênio humano para a Unidade,
Eliminando todas as loucas fronteiras,
Vivenda bruta, mãe da infelicidade,
Que ovaciona as mais tristes bandeiras.
Ó povo rude que tem a alma atrofiada,
É bom beber agora na taça harmoniosa,
Cheia de paz, docemente acariciada,
Sem o estertor de uma morte ansiosa.
Voando por esta vida esplendorosa,
Sendo envolto, com perfume de rosa,
Lampeja a vontade forte das gerações.
No Zênite, fulgurante iluminando,
Vejam o Mais Sublime hoje anunciando,
A irmandade entre os homens e as Nações !
quarta-feira, 10 de setembro de 1997
SETEMBRO de 1997
LEONILDO RODRIGUES dos SANTOS
U M A F L O R
Uma flor que desabrocha
numa estrada poeirenta,
mesmo sendo mal cuidada
a tristeza afugenta.
É um cenário que vislumbra
aos olhos do viajante,
ao pousar sobre suas pétalas
numa cena emocionante.
É um gozo imensurável
contemplar sua beleza,
mesmo estando empoeirada
nela não se vê tristeza.
Uma flor transmite amor
causa sensibilidade,
e na alma das pessoas
deleita felicidade.
U M A F L O R
Uma flor que desabrocha
numa estrada poeirenta,
mesmo sendo mal cuidada
a tristeza afugenta.
É um cenário que vislumbra
aos olhos do viajante,
ao pousar sobre suas pétalas
numa cena emocionante.
É um gozo imensurável
contemplar sua beleza,
mesmo estando empoeirada
nela não se vê tristeza.
Uma flor transmite amor
causa sensibilidade,
e na alma das pessoas
deleita felicidade.
sábado, 23 de agosto de 1997
AGOSTO - 1997 - JOSÉ DRUMOND
JOSÉ DRUMOND de OLIVEIRA
D A N Ç A
És o meu pedacinho do Universo
que, bailando, infantil, dorme nos braços
de um Deus que faz o amor; de um vil reverso
cria a ternura e a paz em áureos laços...
em flores celestiais, rouba aos pedaços
os soluços de um anjo e assim num verso
de uma dócil canção leva os teus passos,
desejo eu ser um pouco desse Deus
que, tendo-te nos braços qual criança
conhece bem tua alma e os risos teus.
Amiga Imaculada, vem, descansa
em doce flerte os teus olhos nos meus
e embala-me no amor, a eterna dança !
sexta-feira, 22 de agosto de 1997
REUNIÃO de AGOSTO de 1997 - na ACI
ESTELA M. CARVALHO RIBEIRO
CORAÇÃO HUMANO
É triste e mudo este coração humano.
Qual velho casarão antigo, ripado,
a mostrar seu aspecto desolado. Insano
a resolver ternas lembranças do passado.
Fiel confidente, amigo que irmano !
Como doce lar agora abandonado,
visto em seu ruinoso vulto desumano
pelas mortas ilusões, hoje algemado.
A desilusão suas paredes dominou
a dor bloqueou seus ventrículos e artérias,
não mais sente do amor nenhuma emoção.
Tudo o tempo voraz varreu,desmontou
transformando sentimentos em matérias,
nem mais por saudades ousa chorar este coração !
CORAÇÃO HUMANO
É triste e mudo este coração humano.
Qual velho casarão antigo, ripado,
a mostrar seu aspecto desolado. Insano
a resolver ternas lembranças do passado.
Fiel confidente, amigo que irmano !
Como doce lar agora abandonado,
visto em seu ruinoso vulto desumano
pelas mortas ilusões, hoje algemado.
A desilusão suas paredes dominou
a dor bloqueou seus ventrículos e artérias,
não mais sente do amor nenhuma emoção.
Tudo o tempo voraz varreu,desmontou
transformando sentimentos em matérias,
nem mais por saudades ousa chorar este coração !
sexta-feira, 18 de julho de 1997
JULHO - 1997
DULCINÉA B. LIMA MARCHIORI
D E U S
Entre flores e abrolhos
Quero ter nos olhos meus
A visão de outros olhos
Dos olhos eternos de Deus.
Ver além da aparência,
Acima do bem e do mal
Ver somente a Consciência
Do puro amor celestial.
Se desdobrando incontida
Em tudo que a visão alcança,
Na pequena larva esquecida,
No homem, numa criança.
Oh ! meu Deus ! Poder sem medida !
Concedei-me Vossa Visão !
Que eu seja Vossa Vida
No peito de cada irmão.
Só assim, deslumbrada,
Verei que sou alguém,
Pois a Vida contemplada
É minha Vida Também.
D E U S
Entre flores e abrolhos
Quero ter nos olhos meus
A visão de outros olhos
Dos olhos eternos de Deus.
Ver além da aparência,
Acima do bem e do mal
Ver somente a Consciência
Do puro amor celestial.
Se desdobrando incontida
Em tudo que a visão alcança,
Na pequena larva esquecida,
No homem, numa criança.
Oh ! meu Deus ! Poder sem medida !
Concedei-me Vossa Visão !
Que eu seja Vossa Vida
No peito de cada irmão.
Só assim, deslumbrada,
Verei que sou alguém,
Pois a Vida contemplada
É minha Vida Também.
quinta-feira, 17 de julho de 1997
JULHO - 1997
MARIA THEREZA R. MARCONDES
C O N S E L H O
Menina, seja sincera,
não existe só primavera.
Não tente ser quem não é
pra poder cair em pé.
Você é bonita por fora
mas, vai chegar a hora,
em que todos vão perceber
que nada sabe fazer.
Não estuda nem trabalha.
Na ignorância se espalha,
volúvel e egoista
pensando ser uma artista.
A vida é uma pedra bruta
e é preciso ser astuta
sem levar na brincadeira,
se quiser ser a primeira.
Assim, você se equipara
a uma linda taquara:
Por fora, esbelta, esguia,
por dentro, oca e vazia...
C O N S E L H O
Menina, seja sincera,
não existe só primavera.
Não tente ser quem não é
pra poder cair em pé.
Você é bonita por fora
mas, vai chegar a hora,
em que todos vão perceber
que nada sabe fazer.
Não estuda nem trabalha.
Na ignorância se espalha,
volúvel e egoista
pensando ser uma artista.
A vida é uma pedra bruta
e é preciso ser astuta
sem levar na brincadeira,
se quiser ser a primeira.
Assim, você se equipara
a uma linda taquara:
Por fora, esbelta, esguia,
por dentro, oca e vazia...
quarta-feira, 25 de junho de 1997
REUNIÃO de JUNHO de 1997 - ACI
JOÃO MARTINS
MEU ETERNO PRESENTE
Querida, a vida passa... envelhecemos juntos,
Somando nossos tédios, nossas alegrias;
Juntos já repassamos um sem-fim de assuntos
E histórias engraçadas de que outrora rias.
Ó minha doce esposa, amante e companheira,
Namorada a fazer-me a senda colorida,
Ao nosso amor doaste a tua vida inteira,
Cada sorriso, cada lágrima, querida !
Parceira minha em tudo que hoje sou e tenho,
Representas-me tanto que dizer nem posso,
Porque falas de um mundo antigo de onde venho.
Mistério oculta a força de um desejo nosso,
Na gratidão imensa que hoje a Deus oferto
Pelo régio presente de te ter tão perto.
MEU ETERNO PRESENTE
Querida, a vida passa... envelhecemos juntos,
Somando nossos tédios, nossas alegrias;
Juntos já repassamos um sem-fim de assuntos
E histórias engraçadas de que outrora rias.
Ó minha doce esposa, amante e companheira,
Namorada a fazer-me a senda colorida,
Ao nosso amor doaste a tua vida inteira,
Cada sorriso, cada lágrima, querida !
Parceira minha em tudo que hoje sou e tenho,
Representas-me tanto que dizer nem posso,
Porque falas de um mundo antigo de onde venho.
Mistério oculta a força de um desejo nosso,
Na gratidão imensa que hoje a Deus oferto
Pelo régio presente de te ter tão perto.
sexta-feira, 20 de junho de 1997
JUNHO - 1997
SIDNEI LANDINI e CAMILO GUIMARÃES
CAMILO GUIMARÃES
JUNTO À LAREIRA
Pensar esparso ao lado da lareira,
Tempo de chama e compensada vida,
Recolher, na memória verdadeira,
A alma dos fatos que se fez sentida.
Reverter todo o encanto da primavera
Sensível forma da paixão vivida,
Tão mais incerta por mais que se queira.
Tão mais real, porque se fez partida.
Sonhar na chama a solidão coesa
Do buscar recolhido da incerteza,
De tudo aquilo que se amou demais.
Pensar que o tempo foi deixar disperso:
O sentimento, na expressão de um verso,
No coração, uma saudade a mais.
CAMILO GUIMARÃES
JUNTO À LAREIRA
Pensar esparso ao lado da lareira,
Tempo de chama e compensada vida,
Recolher, na memória verdadeira,
A alma dos fatos que se fez sentida.
Reverter todo o encanto da primavera
Sensível forma da paixão vivida,
Tão mais incerta por mais que se queira.
Tão mais real, porque se fez partida.
Sonhar na chama a solidão coesa
Do buscar recolhido da incerteza,
De tudo aquilo que se amou demais.
Pensar que o tempo foi deixar disperso:
O sentimento, na expressão de um verso,
No coração, uma saudade a mais.
domingo, 25 de maio de 1997
MAIO - 1997
EMÌLIO ARAÙJO RODRIGUEZ
P I A N O
Já não sei viver
sem tocar o meu piano,
os anos vão passando
e ele é como um mano.
Seus acordes magistrais
me ajudam a viver;
suas teclas são metais
que agitam o meu ser.
Quando soa a melodia
do meu piano colossal,
é como a luz do dia,
faz alegre o festival.
Não há hora que eu não fique
à espera do sinal
de sentar ao meu piano,
e fazer meu carnaval.
P I A N O
Já não sei viver
sem tocar o meu piano,
os anos vão passando
e ele é como um mano.
Seus acordes magistrais
me ajudam a viver;
suas teclas são metais
que agitam o meu ser.
Quando soa a melodia
do meu piano colossal,
é como a luz do dia,
faz alegre o festival.
Não há hora que eu não fique
à espera do sinal
de sentar ao meu piano,
e fazer meu carnaval.
quinta-feira, 15 de maio de 1997
MAIO - 1997
LAÍS GURGEL BENEVENUTO
NÃO MAIS
Não mais o olhar tão carinhoso,
Hoje sou eco apenas do passado,
Sou voz aflita, fugidia,
Dos sonhos, só sobraram fantasias,
Não mais aquela que se via.
NÃO MAIS
Não mais o olhar tão carinhoso,
Não mais tua mão por sobre a minha,
Não mais a confiança que se tinha, Tudo mudou na voz, no doce encanto,
No contemplar da vida que sorria,
No amadurecer do sonho que surgia.Hoje sou eco apenas do passado,
Sou voz aflita, fugidia,
Dos sonhos, só sobraram fantasias,
Não mais aquela que se via.
domingo, 20 de abril de 1997
ABRIL - 1997
SARAH DE OLIVEIRA PASSARELLA
ATÁVICO
Dos lábios encarnados pecam frutos maduros.
Da graça juvenil transborda cristalina água.
Dos olhos reluzentes rolam lágrimas de emoção.
Da fronte reta abrem-se novos caminhos.
Dos pés apressados partem firmes passos.
Das mãos macias se estendem leves gestos.
Da boca entreaberta estalam ardentes beijos.
Do ventre puro vibram desejos mil.
Da face tenra brota a ansiedade rubra.
Dos braços longos cingem apertados abraços.
Do coração palpitante saltita uma menina.
ATÁVICO
Dos lábios encarnados pecam frutos maduros.
Da graça juvenil transborda cristalina água.
Dos olhos reluzentes rolam lágrimas de emoção.
Da fronte reta abrem-se novos caminhos.
Dos pés apressados partem firmes passos.
Das mãos macias se estendem leves gestos.
Da boca entreaberta estalam ardentes beijos.
Do ventre puro vibram desejos mil.
Da face tenra brota a ansiedade rubra.
Dos braços longos cingem apertados abraços.
Do coração palpitante saltita uma menina.
REUNIÃO de ABRIL de 1997
ROBERTO CORRÊA
INQUIETAÇÃO
Onde está a esperança que enleva,
O sonho belo e multicolor da vida,
A alegria pura, inocente e incontida,
A presença que tudo sobreleva ?
Na cruel agitação que a vida espelha,
Onde encontrar a bela paz doirada,
Se a maldade é constante, irreprimida,
E, nos corações ódio se conserva ?
Dias tristes, sombrios, sem amigos,
Dos males aflitivos renegando,
Mas a Deus com insistência implorando.
A angústia, com coração sempre espantando,
Pra longe escorraçando os inimigos,
Feliz vencendo, todos os perigos.
quarta-feira, 5 de março de 1997
MARÇO 1997
ROSA LUIZA BESTETI PIRES GENI FUZATO DAGNONI
Eu não sabia quem eras. Eu voar,emocionada,
Não sabia o que era amar. nas rimas, com liberdade,
Com ilusões, com quimeras, é magia conquistada,
buscava, então, me encontrar. buscando a felicidade.
******
Que grande desilusão, Atribuir à existência
pensarem viver sem Ti. formas claras de viver,
Pois, hoje meu coração é manter sobrevivência,
Te conquistou e sorri. na perfeição do saber.
Veio a fé, lotar minh'alma
com uma luz a esclarecer,
que só pode ter a palma
quem no Senhor sabe crer.
FÉ TROVAS
Eu não sabia quem eras. Eu voar,emocionada,
Não sabia o que era amar. nas rimas, com liberdade,
Com ilusões, com quimeras, é magia conquistada,
buscava, então, me encontrar. buscando a felicidade.
******
Que grande desilusão, Atribuir à existência
pensarem viver sem Ti. formas claras de viver,
Pois, hoje meu coração é manter sobrevivência,
Te conquistou e sorri. na perfeição do saber.
Veio a fé, lotar minh'alma
com uma luz a esclarecer,
que só pode ter a palma
quem no Senhor sabe crer.
terça-feira, 25 de fevereiro de 1997
Fevereiro - 1997
B E N N Y S I L V A
TROVAS
Qual manhã, no seu raiar, ## No seu brilho sob o galho,
sacode a vida, sorrindo, ## lembra Deus, assim tão bela,
o sino é para acordar ## a simples gota de orvalho
as almas que estão dormindo ## contendo os céus dentro dela.
********** **********
Faze, livre da quimera, ## Põe na alma amor e bondade
do presente o teu afã. ## que azul será o teu futuro:
É, pois, aquele que espera, ## Nunca vem a tempestade,
vazio como o amanhã ! ## sem que o céu esteja escuro.
quinta-feira, 20 de fevereiro de 1997
Fevereiro - 1997
JEHOVAH BRAZ DO AMARAL
O P A R A Í S O
Às vezes penso e ponho-me indeciso
se é como dizem e existe de verdade
em alguma parte reservada, o Paraíso
lugar sublime de só felicidade.
Por mais que eu queira, crendo não diviso
conhecendo como age a humanidade
uma razão, um fato mais preciso
para ela merecer a tal preciosidade.
Quase até posso afirmar sem medo
que se fosse o Paraíso uma certeza
os abastados morreriam cedo.
Conclusão a que cheguei sem exagero
porquê tudo de melhor, de mais beleza
é sempre o rico a pegar primeiro.
Fevereiro - 1997
EUNICE NUNES OLIVEIRA
A L Á G R I M A
A lágrima cai, quando chega a dor,
A L Á G R I M A
A lágrima cai, quando chega a dor,
A lágrima cai, quando falta amor,
Na carência, na falta de carinho.
Uma só lágrima faz sofrer tanto...
Corre pela face com a ingratidão.
Em silêncio, em qualquer perdido canto
Nesta grande angústia atroz da ilusão.
A lacrimejar de tanta saudade,
Enleiada, por teu nome chamei,
E, relembrando a doce mocidade,
Pelos mais queridos que tanto amei !
segunda-feira, 10 de fevereiro de 1997
Reunião de Fevereiro de 1997 na ACI
IVANILDE BARACHO DE ALENCAR
DEVANEIOS
Dedilhando no teclado
Eu sinto impulsos mil
De um cavalo alado
Voando em céu de anil
Voando pelo infinito
Pelo universo, planando
Sentindo os desalentos
Aos poucos se dissipando EXPEDITO RAMALHO DE ALENCAR
Eles se vão devagar ABERRAÇÃO
Vão embora para sempre
E eu me sinto tão leve Um desvio da nomalidade
Como se fosse semente Desvario ou extravagância,
Erro ou irregularidade,
São momentos de prazer Por desacerto ou arrogânvia.
Que me trazem calma e paz As aberrações da natureza:
E todas as desventuras Anomalias, deformação,
Vão ficando para trás. Faz se avaliar a riqueza
De se ter nascido forte e são
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