SÉRGIO G. CAPONI ENID M. BESTETI PIRES
MATERNAL O MIGRANTE
A mão que levemente a face acaricia, O sol brilhante, as chuvas, as estrelas,
e madeixas me deixa no grisalho... o céu, a terra e o mar lindo e gigante
é mais que mão, são telas da Natura. Para nê-las,
é agasalho, basta ser desta terra, itinerante
vestindo a alma que deste mudo já se esfria.
Se belezas, a gente quiser tê-las,
O olhar embaçado, que em pranto se anuvia, que haja paz, no propósito anelante.
o rosto amado, Se há escuridão nas almas, percebê-las,
pelo tempo ( como lamento ), recortado... é um labor infeliz e inoperante.
é mais que rosto, mais que olhar,
é um firmamento, Em busca de outros sóis, os excluídos
em que me perco docemente a cada dia... trilham caminhos acres, aguerridos
de fome, dor, fracasso, ingratidão;
E se de todo, não me é plena a alegria,
se me desconsolo em meio a tal contentamento, mas um sol lhes desponta, com ventura,
é por sentir que a vida foge num momento, se à frente, encontram a doce ternura
que se esmorece a mão bendita que me guia... da abençoada e caridosa mão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário